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Comissão da Verdade fará reunião em São Paulo para analisar violações cometidas durante a ditadura

A elaboração de uma lista completa de desaparecidos que pode chegar a 120 pessoas está entre as medidas que deverão constar dessa cooperação

18:26 | 19/09/2012

Os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade (CNV) estarão voltados para analisar, na próxima segunda-feira, as violações cometidas pelo regime militar (1964-1985), em São Paulo. O colegiado fará uma reunião na capital paulista, onde foram registrados vários episódios de violação dos direitos humanos, principalmente entre os anos 1969 a 1976.

Os integrantes da CNV esperam definir como será a cooperação entre o colegiado e a Comissão Estadual da Verdade Rubens Paiva, instalada na Assembleia Legislativa de São Paulo. Os acordos, no entanto, não serão assinados na reunião.

A elaboração de uma lista completa de desaparecidos que pode chegar a 120 pessoas está entre as medidas que deverão constar dessa cooperação . Além disso, dois depoimentos serão colhidos pelos integrantes da CNV. Os nomes dos depoentes não foram divulgados. Um deles será o de uma vítima da ditadura. O outro depoimento será o de um militar que atuou na repressão e que teria sofrido perseguições após suas ações.

Além dos dois depoimentos, os integrantes da comissão também farão mais duas diligências para checar informações. Essas ações também estão sendo mantidas sob sigilo.

No mesmo dia, às 18h30, a advogada Rosa Cardoso, integrante da CNV, participará de um debate do filme Hoje, de Tata Amaral, na Cinemateca. Exibido no Festival de Brasília do ano passado, o filme conta a história da volta de um desaparecido do regime militar. O debate é organizado pelo Coletivo de Mulheres e o Núcleo de Preservação da Memória Política.

Comissão Nacional da Verdade tem sete integrantes: Gilson Dipp, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ); José Carlos Dias, advogado e ex-ministro da Justiça; Rosa Maria Cardoso da Cunha, advogada; Cláudio Fonteles, ex-procurador-geral da República; Paulo Sérgio Pinheiro, sociólogo; Maria Rita Kehl, psicanalista; e José Paulo Cavalcanti Filho, advogado.

Agência Brasil

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