PUBLICIDADE
Notícias

Futuro sogro da vítima não teria participado da morte, diz advogado

16:05 | 08/05/2012

Sobre a reportagem "Futuro sogro da vítima teria participado da morte das sete pessoas na fazenda em Goiás" publicada no dia 01º de maio de 2012 no jornal O Povo, faz-se necessário corrigir informações divulgadas:

A matéria publicada utiliza como única fonte a versão de Aparecido Souza Alves, um homem que, nas palavras da própria delegada que investiga o caso, é "muito frio" e vem dando depoimentos contraditórios desde que foi preso. A reportagem publicada não ouviu o outro lado da notícia e relacionou uma pessoa inocente, o Sr. Alcides Batista Barros, a um crime bárbaro sem nenhuma prova concreta. Fato que vem abalando ainda mais as duas famílias envolvidas diretamente nesta tragédia.

As acusações contra o sr. Alcides Batista Barros não têm fundamento. O Sr. Alcides tinha ótimo relacionamento com a família das vítimas, em especial com o futuro genro Leopoldo Rocha da Costa. Por isso, não haviam (SIC) quaisquer desavenças, intrigas ou disputas que seriam motivos para o crime.

Na versão do assassino, o Sr. Alcides teria contratado o crime por 50 mil reais, tendo adiantado 700 reais na sexta feira em um encontro na rodoviária da cidade. Porém, no horário informado por Aparecido, o Sr. Alcides estava em uma missa na igreja matriz de Doverlândia e já apresentou álibis que derrubam a versão de acusado. O assassino também não soube precisar onde estaria o dinheiro recebido como adiantamento, não havendo, portanto, nenhuma prova material de que o crime foi realmente encomendado por alguém, muito menos pelo Sr. Alcides.

Lembramos ainda que, como toda investigação policial, o inquérito sobre a Chacina de Doverlândia corre sob sigilo de justiça, o que significa que o nome e a imagem do Sr. Alcides Batista Barros, que foi detido para prestar esclarecimentos, não poderiam ter sido citado (SIC) na reportagem muito menos relacionado como participante do crime. Isso infringe o artigo 5º da nossa constituição que zela pelo direito de imagem, aos danos contra a honra e é passível de ação judicial por danos morais.

Divulgar essas informações foi um ato irresponsável do jornal que relacionou a autoria de um crime bárbaro a um cidadão inocente, mesmo sem provas, sem a apresentação oficial da polícia e sem possibilidade de defesa.

O Sr. Alcides Batista Barros e toda a sua família são os principais interessados que este crime seja solucionado o mais rapidamente possível e que os responsáveis sejam punidos. Todos estão à disposição da justiça para prestar quaisquer esclarecimentos. Porém não será admitido nenhum tipo de abuso da imprensa que, na corrida por uma manchete bombástica, pode ser irresponsável e manchar a honra de um homem inocente, trabalhador e religioso que é admirado e respeitado por seus amigos, familiares, funcionários e todos os moradores de Doverlândia.

Em nome da família do Sr. Alcides Batista Barros e de todos os que já sofreram com matérias jornalísticas infundadas, pedimos mais humanidade e responsabilidade também na hora de divulgar notícias sobre este caso trágico.

 

Advogado Alex José Duarte

TAGS