Fenaj e sindicatos lamentam assassinato no Maranhão e defendem federalização de crimes contra jornalistas
Na nota, as duas instituições pedem às autoridades locais a rápida apuração do crime e a punição dos culpados. Elas reivindicam ainda que o Congresso Nacional aprove o projeto de lei que federaliza os crimes cometidos contra jornalistas.
"É nosso dever exigir rigor das autoridades maranhenses na apuração dos fatos e na punição dos responsáveis pela morte de Décio Sá e, do Congresso Nacional, a aprovação do projeto de lei que estabelece a federalização dos crimes contra jornalistas", diz o documento.
O jornalista Décio Sá foi assassinado em um restaurante da Avenida Litorânea, na capital maranhense. O crime ocorreu na noite de ontem. Além do Blog do Décio, um dos mais acessados no estado, o jornalista era repórter da editoria de política de O Estado do Maranhão, pertencente à família do presidente do Senado, José Sarney.
A nota ressalta ainda "a atuação destemida" de Décio Sá e enfatiza que "seu covarde assassinato deixa entristecida toda a categoria dos jornalistas maranhenses e indignados todos os jornalistas brasileiros".
"Jamais imaginaríamos que, vencido o período de regime de exceção e, ao alcançarmos a democracia, nos encontramos cercados por uma legislação penal tão estimulante para a prática de atos criminosos, onde a vida dos cidadãos nada vale diante da vingança banal dos bandidos, pistoleiros e mandantes", destaca o documento.
As três entidades também ressaltam que a liberdade para o trabalho da imprensa é fundamental para o exercício da democracia. "Também é nosso dever repudiarmos as frequentes tentativas de cerceamento à liberdade de expressão no Brasil e, principalmente, a violência cometida contra jornalistas", diz o documento.
Agência Brasil