Em pesquisa, 61% dos brasileiros entrevistados são contrários à Copa América no País

A disputa foi transferida para o Brasil de última hora e deve envolver cerca de 650 profissionais, entre atletas e comissões técnicas

A Copa América já está com o seu primeiro jogo marcado para o próximo domingo, 13 de junho. A disputa está programada para acontecer no estádio Mané Garrincha, em Brasília. No entanto, conforme uma pesquisa feita pela EXAME/IDEIA, 61% dos brasileiros não concordam que o País realize a competição. Somam 24% aqueles que são favoráveis, e 16% os que não sabem.

A decisão de sediar uma Copa seria vista com bons olhos se não fosse a pandemia da Covid-19 e a contabilização de 482.135 óbitos e 17.215.159 casos de infecção pelo vírus, segundo balanço do consórcio de veículos de imprensa com informações das secretarias de Saúde.

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O levantamento ouviu 1.252 pessoas entre os dias 7 e 10 de junho. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Clique aqui para ler o relatório completo. A EXAME/IDEIA é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública.

Anteriormente, a competição estava prevista para ser realizada na Colômbia e na Argentina, mas foi transferida para o Brasil de última hora em razão dos protestos em Bogotá e do agravamento da pandemia entre os argentinos.


De acordo com a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), organizadora do evento, são 28 jogos até o dia 10 de julho, envolvendo 650 pessoas, entre jogadores e as comissões técnicas das seleções. Além da capital federal, haverá partidas em Cuiabá, Goiânia e Rio de Janeiro, onde será realizada a final da Copa América.

Política

 

“Quem é contrário à Copa no Brasil tem uma correlação com a desaprovação do governo. Quanto maior o grau de discordância em relação aos jogos, maior é a rejeição ao presidente Jair Bolsonaro. Isso mostra um viés político, ou pelo menos de avaliação de governo, em relação ao tema. A maioria da população não vê benefício na Copa América”, avalia Maurício Moura, fundador do IDEIA.

Entre os homens, 54% não concordam com a realização da Copa América no Brasil. Já entre as mulheres, este número sobe para 67%.

Na divisão por regiões, o Norte pontua  42% que avaliam que o País não deve sediar o evento. Na região Centro-Oeste, que vai receber jogos, o sentimento contrário é preponderante para 57%.

Apesar de todas as partidas serem sem público nos estádios, muitos brasileiros se preocupam com as aglomerações que podem ocorrer em bares, restaurantes, ou mesmo nas ruas.

Para 75% da população que respondeu o questionário, a disputa pode levar a um agravamento da situação da pandemia de Covid-19 no Brasil. Os jogadores da seleção brasileira até cogitaram boicotar o evento, mas decidiram jogar.

Medidas de Segurança

 

O País contabiliza 482.135 óbitos e 17.215.159 casos, segundo balanço do consórcio de veículos de imprensa com informações das secretarias de Saúde. A média móvel de óbitos está em 1.764 por dia.

Além disso, a vacinação anda em ritmo lento. Até a última quinta-feira, 10, foram vacinadas, com as duas doses, pouco mais de 10% da população.

Para tentar impedir qualquer tipo de disseminação e aumento de casos e de mortes, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, divulgou um protocolo de segurança que todas as seleções precisam seguir:

* As equipes devem contratar um plano de saúde privado.
* O teste negativo de RT-PCR, considerado mais preciso, é obrigatório até 48 horas antes de cada partida.
* Os atletas e comissão não podem sair dos hotéis em que vão ficar hospedados e todos os voos entre as cidades serão fretado, para reduzir o contato com outras pessoas que não fazem parte da competição.

A relatora de duas ações, a ministra Carmén Lúcia, recusou a Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) pela "carência de atendimento aos pressupostos processuais", como a ausência de indicação do ato do Poder Executivo a ser revogado.

Ela disse, no entanto, que a recusa da ação "não exime os agentes públicos competentes de adotarem decisões e providências sanitárias, de segurança pública e outras que deem cumprimento aos protocolos adotados no plano nacional, estadual e local".

*As informações são da revista Exame

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