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Ausência do prefeito sob investigação do MP

| uruburetama | Artur Nery encontra-se hospitalizado em Fortaleza. Promotor quer saber quem administra o município
01:30 | Jul. 02, 2020
Autor Vítor Magalhães
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Vítor Magalhães Repórter de Política
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Tipo Notícia

O procurador Marlon Welter assinou documento, ontem, estabelecendo prioridade total no trâmite e elaboração de expedientes relativos a caso denunciado pela presidente da Câmara Municipal de Uruburetama, vereadora Stela Rocha (MDB), que afirma que o prefeito do município, Artur Nery (PSD), está internado há cerca de 50 dias impossibilitado de exercer suas funções e que, mesmo assim, decretos estão sendo liberados com a assinatura do gestor.

Além disso, a parlamentar alega que o Executivo não notificou o afastamento, o que é obrigatório, e que o município está sem comando durante período crítico da pandemia de coronavírus. Segundo Stela, o prefeito estaria internado em estado grave.

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O Ministério Público deu prazo de dez dias para esclarecimentos sobre o caso, pergunta-se: desde quando o prefeito está afastado, qual o motivo e por que a Câmara Municipal não foi notificada, além de solicitar cópia da ata de sessão do último dia 29, na qual oito dos 11 vereadores teriam decidido por arquivar denúncia sobre ausência do prefeito.

A vereadora enviou ofício ao Hospital Regional da Unimed Fortaleza (HRU) para esclarecer a situação do prefeito e obteve resposta do diretor técnico do HRU, Marcio Alcântara Costa, que escreveu: "Identificamos que o Sr. Artur Wagner Vasconcelos Nery, fora atendido neste hospital no dia 10/05/2020 e permanece internado até a presente data (30/06/2020)".

Há uma semana a parlamentar acionou o Ministério Público para intervir no caso. Na última segunda-feira, documento assinado pelo promotor responsável pela comarca de Uruburetama, Edilson Izaías de Jesus Júnior, solicita que a "Delegacia de Policia Civil de Uruburetama instaure procedimento investigatório acerca dos fatos" e dá prazo de 15 dias para resposta.

Nery foi eleito como vice-prefeito em 2016, mas foi empossado como prefeito no ano passado após a Câmara cassar o então gestor José Hilson de Paiva, envolvido em denúncias de escândalo sexual. Como o município não tem vice-prefeito a responsabilidade da gestão, na ausência do prefeito, ficaria a cargo da presidente da Câmara Municipal.

Ontem à tarde, o promotor Marlon Welter determinou, em despacho, prioridade total ao trâmite e elaboração de expedientes relativos à normalização da situação política naquele município, a fim de restabelecer a ordem e a ocupação do cargo de Prefeito do Município de Uruburetama.

Marlon Welter, em despacho, ofereceu prazo improrrogável de dez dias para o controlador-geral e o procurador-geral do município, bem como ao secretário de Administração e Finanças, este último também filho do prefeito, informarem desde quando o chefe do Executivo está afastado ou internado por motivo de saúde e, caso positivo, em qual unidade hospitalar; motivo do afastamento e por que tal fato não foi devidamente comunicado à Câmara Municipal para todos os efeitos legais; durante o período de afastamento, quem está administrando o Município e praticando os atos privativos e exclusivos do prefeito.

O POVO tentou contato com a prefeitura de Uruburetama e com o filho do prefeito, que ocupa cargo de vereador, mas até a publicação desta matéria as ligações não foram atendidas.

 

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