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Magia, espadas e muito vapor
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Magia, espadas e muito vapor

| Games | SteamWorld Quest: Hand of Gilgamech mistura estratégia, cartas e muito humor em um RPG viciante
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SteamWorld Quest: Hand of Gilgamech (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação SteamWorld Quest: Hand of Gilgamech

A franquia SteamWorld se destaca no meio gamer por entregar um universo de jogos com uma mesma temática pós-apocalíptica e steampunk (subgênero da ficção científica), mas com estilos e dinâmicas completamente diferentes. SteamWorld Quest: Hand of Gilgamech é o primeiro RPG da série, que, de quebra, também explora o gênero dos jogos de cartas, uma combinação que vem se tornando cada vez mais popular, especialmente no cenário indie.

A trama do game aborda a jornada das protagonistas em busca de proteger sua terra das forças do mal, encontrando o coração escondido de um maligno gigante derrotado em tempos antigos pelo lendário Gilgamech. Ao longo do enredo, o player controla diversos avatares encabeçados por uma dupla de robôs composta por Armilly, uma extrovertida e valorosa paladina aprendiz, e Copernica, uma inteligente e esquentada feiticeira em treinamento.

A dinâmica de jogo de Hand of Gilgamech remonta ao loop clássico dos videogames de RPGs. O jogador deve explorar masmorras e superar uma série de obstáculos até concluir a história. Sobre essa dinâmica simples se coloca a parte mais interessante deste título: seu sistema de combate. Cada disputa é feita em turnos em que 6 cartas de um baralho, com magias e golpes de cada personagem, são colocadas nas mãos do jogador. Em cada turno, até 3 cartas podem ser jogadas, representando uma investida de cada personagem do grupo ou uma combinação de golpes de um mesmo avatar. Diferentes combinações de cartas produzem resultados únicos, como ataques especiais ou magias de proteção mais fortes. Além disso, a própria montagem do baralho do jogador é um ponto importante desta jogabilidade, e pode ser feita entre uma luta e outra.

Assim como qualquer carteado, a jogabilidade aqui é pautada em muito planejamento e uma pitada de sorte. Achar o equilíbrio entre um bom baralho e uma tática eficaz de batalha é desafiador e empolgante ao mesmo tempo. Novas cartas, combinações e montagens de baralho mantém o gameplay sempre fresco e excitante até os momentos finais do jogo.

O visual de Hand of Gilgamech segue o dos jogos anteriores da franquia, e não faz feio. A direção de arte, com personagens e cenários que parecem terem sido pintados à mão, ganha vida em animações 2D bastante fluidas.

Como demérito principal, o título traz poucos incentivos após o fim de seu enredo inicial. Mesmo não desbloqueando o arsenal de cartas completo de cada personagem, ao final de seu único arco narrativo, o jogador dificilmente se sentirá motivado a persistir jogando.

Davi Rocha é produtor de conteúdo do canal Bacontástico

Onde jogar

SteamWorld Quest: Hand of Gilgamech está disponível para Nintendo Switch, PC (Steam) e Mac

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