Durante o lançamento de Leila, a psicanalista Galeara Matos e o escritor Tino Freitas conversarão sobre as metáforas do livro. Confira entrevista com Galeara:
O POVO - Qual seu sentimento ao ler Leila?
Galera Matos - Meu corpo também ficou tocado pelo Barão. E, tal qual o corpo de Leila, se encheu de pavor, angústia e tristeza. Senti "um barulho incômodo, um desarranjo por dentro". Mas é da natureza de Leila "ser enorme e leve". Assim ficou meu corpo ao terminar a leitura: enorme e leve.
O POVO - A quem se destina o livro?
Galeara Matos - Leila não é um livro para crianças afetadas pelo abuso, nem para os abusadores. Leila é pra todos aqueles que zelam. Leila é pra quem cuida. Leila é pra quem protege as crianças e deseja que elas cresçam saudáveis, de bem com o outro, a vida e o amor.
O POVO - O livro permite iniciar uma conversa com crianças sobre abuso sexual?
Galeara Matos - O conteúdo do livro abre um diálogo com crianças, com educadores, com a família. O conteúdo traz o tema que precisa ser falado, o conteúdo do livro provoca a fala e a fala liberta as dores.