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Os anjinhos vão ao cinema
Vida & Arte

Os anjinhos vão ao cinema

| cartola | Baseado nas obras de Ana Beatriz Brandão, filme sobre a história de uma bailarina e de um portador de ELA deve ser lançado no fim de 2019. A produção tem direção de John Cristhian Gonçalves
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Ana Beatriz Brandão terá seus livros adaptados para o cinema
 (Foto: DIVULGAÇÃO)
Foto: DIVULGAÇÃO Ana Beatriz Brandão terá seus livros adaptados para o cinema

A Garota das Sapatilhas Brancas e O Garoto do Cachecol Vermelho, livros escritos por Ana Beatriz Brandão, autora de apenas 19 anos, vão ser transformados em uma produção cinematográfica, numa parceria entre Brasil e Canadá. As narrativas, que acompanham a trajetória dos personagens Daniel e Melissa, comoveram milhares de leitores brasileiros nos últimos anos. Em tempos de crise editorial, as duas publicações, juntas, alcançaram a marca dos 25 mil exemplares vendidos. Por isso, a história da "garota" e do "garoto" será levada para as salas de cinema com a promessa de muito sucesso entre os adolescentes. "Como o principal sempre foi O Garoto do Cachecol Vermelho, decidimos seguir a linha do tempo dele, utilizando o A Garota das Sapatilhas Brancas pra complementar algumas cenas e adicionar coisas que seriam boas pra explicar a história ou mostrar mais sobre os personagens. É claro que, infelizmente, muitas cenas ficaram de fora, mas as mais importantes estão lá", explica Ana Beatriz, considerada um fenômeno da literatura nacional, em entrevista por email.

A previsão é que o filme esteja disponível nas salas de cinema já no fim de 2019. E, se a produtora responsável, a JCG Filmes, conseguir manter os níveis de delicadeza e emoção dos livros, os espectadores vão sair das salas de cinema com os lencinhos molhados por tantas lágrimas. A narrativa criada por Ana Beatriz mostra Daniel, um portador de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) - doença herdada de seu pai e que lhe impõe alguns problemas de locomoção. O protagonista conhece Melissa, uma bailarina, que possui personalidade forte e uma cabeça repleta de preconceitos. "Esse é um assunto que eu nunca deixaria de fora. Uma das razões por eu ter escrito esse livro, se não a maior delas, foi para que as pessoas conhecessem mais sobre a ELA e entendessem como ela funciona. Então a presença desse assunto no filme é indispensável", explica a autora, que tem participado ativamente da produção do filme.

Para interpretar os protagonistas foram escolhidos Nanda Lisboa (Sangue Bom, Araguaia) e Léo Picon (Meus Quinze Anos). "Sempre fui eu quem acabou aprovando os atores no final, e fico muito feliz que conseguimos encontrar pessoas que se encaixam tão bem nos personagens", explica a escritora em entrevista. Ana, aliás, tem mantido contato continuamente com o diretor escolhido para a produção, John Cristhian Gonçalves. "Temos reuniões sempre e até um grupo no WhatsApp em que eu fico pegando no pé dele. Mas, falando sério, essa proximidade é muito importante para o filme. Pra que ele compreenda o que eu queria passar através dos livros e possa traduzir isso para as telas. Por isso estamos sempre conversando e me mantenho o mais próxima possível de todos os processos do filme", elucida a autora.

Segundo material de divulgação do filme, a co-produção no Canadá tem o apoio da Red e Cooke - empresa pioneira em equipamentos cinematográficos - e também da Câmara de Comércio Brasil Canadá - que está fazendo a ligação entre as produtoras e levantando incentivos entre os dois países. "É muito importante manter a essência e a mensagem que os meus livros carregam, mesmo que tenhamos que fazer algumas alterações por motivos mais técnicos e razões necessárias. Mas os anjinhos (como são chamados os fãs) precisam saber que estou sempre no pé pra manter a história o mais fiel possível", finaliza a autora.

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