Existe muita gente que compra o livro pela capa. Com jornal não é diferente.
Muita gente compra o jornal pela notícia que tem na capa, lê a matéria por causa da diagramação que chamou a atenção. Quando falamos de um caderno como o Vida&Arte, o desafio é ainda maior, pois o público desse caderno, por ter perfis diversos, aceita intervenções gráficas das mais variadas. Minha ligação com o caderno é dividida em três momentos: Primeiramente, as capas do Vida&Arte me chamaram a atenção ainda quando eu era estudante de design. Sem entrar em termos técnicos, sempre era possível perceber a evolução e os cuidados com as capas. Mesmo com o ritmo frenético de um jornal diário, todo dia eu ficava impressionado com as artes. Não devia ser fácil, e me pegava imaginando como
seria esse processo.
Depois, quando eu organizava um evento de ilustração chamado Baião Ilustrado, fomos capa duas vezes do caderno. Uma delas com a participação do ilustrador Benício, uns dos mais importantes do Brasil. Quando ele viu a capa, ficou encantado e me pediu mais exemplares. Ano passado, finalmente, tive a oportunidade de desenvolver duas capas para o caderno. A primeira para uma matéria sobre arte urbana e a segunda para uns dos maiores eventos de cultura do Brasil, o Festival Vida&Arte. Finalmente, vivi a adrenalina de desenvolver uma capa para o Vida&Arte. O frio na barriga começa quando chega o e-mail com a solicitação e você pensa no desafio. Depois, o corpo congela todo quando você percebe a exiguidade do prazo. No final, tudo termina bem, pois contamos com todo o apoio da editoria e do time Vida&Arte.