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Tradição beatlemaníaca
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Tradição beatlemaníaca

|Dragão do Mar|Há 25 anos sendo um dos eventos mais populares no fim de ano em Fortaleza, a Frequência Beatles reúne público que se emociona com canções que marcaram história
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Um dos filmes mais populares da década de 1980, Curtindo a Vida Adoidado já mostrava, naquela última cena, o quão energizante Twist and Shout era e continua sendo, mesmo 55 anos depois do seu lançamento. Canção que não pode faltar em qualquer festa que homenageia a banda britânica mais popular do mundo, The Beatles, não seria diferente na Festa Frequência Beatles.

 

Realizada há 25 anos, a festa surgiu a partir dos encontros em bares na Avenida 13 de Maio que aconteciam logo após o fim do programa de mesmo nome da Rádio Universitária FM. Comandado por Nelson Augusto - e com nome sugerido por Eduardo de Castro -, o programa surgiu após o primeiro show de Paul McCartney no Maracanã, em 1990.

 

Foram nesses encontros que a Rubber Soul - banda cover cearense dos Beatles - foi formada, como um modo de abarcar a demanda dos jovens fortalezenses da década de 1990 que curtiam o som daquela banda de rock britânica. "As pessoas apareciam ao vivo no programa, e o Kildare, vocalista da Rubber Soul, levou o violão. Foi a partir daí que o programa virou um especial dos Beatles", conta Nelson Augusto, o beatlemaníaco idealizador da festa.

 

De 1993 aos dias de hoje, duas décadas e meia se passaram e muito foi visto e vivido por quem realizou e participou da festa. Para Nelson, um dos melhores sentimentos durante esses anos é poder ver famílias crescendo e se renovando a cada edição, levando filhos, netos, amigos e propagando as mensagens presentes nas canções dos Beatles. "Criou-se essa tradição de reunir as pessoas. Famílias inteiras vão à festa, de crianças a idosos. As músicas dos Beatles conseguem entreter todas as idades", comemora.

 

Fã da banda britânica e frequentadora assídua das festas do Frequência há dez anos, Sol Sant'Ana tem uma relação bastante sentimental e feliz com o evento. Durante a gravidez de Klaus, atualmente com quatro anos, e desde o nascimento dele, Sol e seu marido, Diego Quântico, levam o pequeno para todas os shows.

 

Seguindo os passos dos pais, Klaus já se diverte ao som das músicas dos  garotos de Liverpool, tanto é, que, aos dois anos de idade, subiu no palco do Frequência e curtiu como um bom beatlemaníaco. "Eu sempre imaginei isso acontecendo e ver que ele tá seguindo nossos passos me traz uma felicidade enorme!", relata Sol. Ela também afirma que as músicas preferidas do filho são All My Loving e Help: "quando bebê, ele parava de chorar ao ouvir All My Loving. E Help , ele curte bastante por ser mais agitada".

 

Beatlemaníaca de carteirinha, Sol também conta que, ao anunciarem o show de Paul McCartney na Arena Castelão, em maio de 2013, chegou a adiar o casamento por querer dedicar-se inteiramente ao show. "Segundo Diego, meu marido, eu chorei mais no show do que no nosso casamento", brinca. Em julho do mesmo ano, Sol e Diego se casaram e, na cerimônia religiosa, ela entrou ao som de All You Need is Love, canção que sempre a emociona e que não pode faltar no repertório do Frequência Beatles.

 

Não muito diferente para Gabriela Vieira, com a mesma idade da festa. Desde cedo, é levada por seus pais ao evento e mantém a tradição de ir em todos os anos com a família. "Para mim, é um grande encontro! Vou com meus pais, meu irmão e meu namorado e sempre encontramos alguns amigos por lá. É como se fosse a minha festa de fim de ano".

 

Crescendo ao som de John, Paul, Ringo e George por influência de seu pai, a Rubber Soul participou de um momento importante na vida da jovem arquiteta. Em sua festa de formatura, Gabriela convidou a banda para tocar na ocasião. "Chamei minha família, alguns amigos mais próximos e acabei tocando com a banda, foi um momento marcante". Para este sábado, Gabriela, assim como Sol, aguarda ansiosamente para ouvir uma de suas músicas favoritas: Helter Skelter, um heavy metal que se tornou a música de  seu namoro.

 

Para Nelson, a música dos Beatles é atemporal. "Ela consegue agradar a todos democraticamente. Twist and Shout é uma música para dançar, as pessoas se sentem no filme (Curtindo a Vida Adoidado)", conta o idealizador do projeto, que também recorda Hey Jude como um dos melhores momentos da festa. "É aquela música que a pessoa não precisa ser fã dos Beatles para conhecer", define. Talvez sendo um dos momentos mais aguardados da Festa, o "na na na na na na" movimenta um coro que emociona a todos os presentes.

 

Festa
 

Frequência Beatles

Quando: sábado, dia 29, às 19 horas
Onde: Anfiteatro do Dragão do Mar (rua Dragão do Mar, 81 - Praia de Iracema)

Quanto: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)

 

Afetos e melodias

 

Com uma trajetória de quase três décadas, a banda cover cearense Rubber Soul se prepara para mais um show neste sábado, 29. No repertório, que já está pronto, estão grandes sucessos conhecidos pelo público, como Help!, Let It Be e Day Tripper. além de canções das carreiras solo de John Lennon e Paul McCartney: Imagine e Live And Let Die.

 

Vocalista da banda, Kildare Rios conta que, assim como o público, ele também se emociona com as músicas tocadas e de como cada uma delas fez parte da história de vários ali presentes. "É gratificante saber que você fez a diferença na vida de alguém, mesmo que cantando uma música que não é sua".

 

Grande fã da banda, Kildare e os seus colegas de palco - Eduardo Neves, Daniel Cobaia, Thiago Mendonça e André Viana - chegaram a ter instrumentos semelhantes aos do grupo britânico. Possuindo timbres sofisticados e harmonia que comparava-se aos Beatles, atualmente a Rubber Soul possui a guitarra Gretsch e o baixo Hofner, este semelhante ao usado por Paul McCartney.

 

Assim como Sol e Gabriela, o vocalista e também baixista tem uma canção favorita para tocar: Come Together, momento onde eles convidam a plateia a cantar o refrão em conjunto.

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