Após ter estreado no dia 30 de novembro na Netflix, a série italiana Baby vem gerando polêmica não só na imprensa brasileira, mas em países europeus e nos Estados Unidos. O motivo de toda uma discussão a respeito da atração é que, de acordo com a organização norte-americana National Center on Sexual Exploitation, a série "normaliza o abuso sexual infantil e o tráfico de menores".
Baseada em uma história real que aconteceu em um dos bairros luxuosos de Roma, a série narra a vida de duas adolescentes, Chiara, 14, e Ludovica, 16, interpretadas pelas atrizes Benedetta Porcaroli e Alice Pagani, que embarcam em uma jornada de descobertas e desafios. Passando por momentos complicados em suas famílias, as duas garotas decidem, então, adotar uma vida secreta na noite italiana.
Apesar da produção ter a prostituição como um dos focos principais da trama e ela representar uma questão importante na história das duas garotas, este é apenas um entre os diversos temas abordados durante a narrativa da série. E vale ressaltar que tudo que abrange esta temática, como sexo, violência e uso de drogas, é tratado de modo discreto, sem que haja um destaque como muitos acreditam de fato.
De acordo com a produtora responsável, como a história é baseada em fatos reais o seu objetivo é o de mostrar o amadurecimento e os aprendizados de jovens adolescentes, como acontece com Chiara e Ludovica. Por outro lado, os críticos defendem que o problema não é a exposição da vida sexual de meninas adolescentes, mas sim certa "glamourização" de adolescentes entrando no mundo da exploração sexual. Isso vem gerando críticas fortes que alegam apologia à abuso, prostituição e consequentemente o uso de drogas na série.
Apesar de ser um pouco ousada nos temas discutidos durante os seis episódios, a produção italiana se aproxima da realidade de muitos adolescentes. E para aqueles que gostam de apostar em produções que tenham verdade em seu discurso, Baby merece esta chance.