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Mercado Editorial faz campanha por venda de livros
Vida & Arte

Mercado Editorial faz campanha por venda de livros

| Reação |Editoras e livrarias fazem apelo, por meio das redes sociais, para que as pessoas comprem livros para presentear durante as comemorações de fim de ano
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A crise do mercado editorial tomou proporções alarmantes quando Cultura e Saraiva, as duas maiores redes de livrarias do País, entraram em recuperação judicial deixando um grande montante de dívidas em suspenso. Diante disso, editoras, livrarias e leitores deram início à campanha #dêlivrosdepresente. Nas redes sociais a hashtag tem reunido textos de expressão de amor aos livros, dicas de leitura e principalmente pedem que as pessoas comprem livros para presentear amigos e parentes nas comemorações de fim de ano.

 

A ideia é fazer com que o leitor e consumidor de livros tome parte diante da crise e possa ser agente direto de uma recuperação do mercado. Os textos convidam os leitores a comprar títulos em livrarias físicas, diretamente de autores e editoras, e principalmente a colocar o livro como principal artigo de consumo. O objetivo é movimentar o mercado, alavancar as vendas e reduzir os danos.

 

Nesta semana o editor da Companhia das Letras, Luiz Schwarz, divulgou uma carta aberta onde defende que a situação da Livraria Cultura e Livraria Saraiva pode gerar um "efeito cascata" no mercado editorial. Ele acredita que a partir disso as editoras teriam mais dificuldades de vender os livros e se organizar comercialmente diante do prejuízo acumulado. Schwarz afirma que as editoras já vêm diminuindo o número de lançamentos, deixando autores de venda mais lenta fora de planos imediatos e demitindo funcionários de todas as áreas. Ele alerta ainda que o fechamento de livrarias pode deixar cidades menores do País sem uma única loja física com venda de livros. No entanto, o editor é otimista ao afirmar que o livro vem resistindo ao longo dos anos frente às mudanças do perfil de consumo dos leitores.

 

Em movimento recente, a Saraiva fechou 20 lojas e demitiu cerca de 700 funcionários. Já a Cultura encerrou as atividades de importantes lojas como a do Cine Vitória e do Fashion Mall, ambas no Rio de Janeiro. A Livraria Cultura do Cine Vitória era a maior filial da livraria na cidade.

Marina Solon

 

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