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Poesia na pele
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Poesia na pele

| Primeiro disco | Banda GhettoRoots entra em novo momento com lançamento de single, participações em festivais e campanha de financiamento coletivo
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Da atuação como coletivo de educadores sociais ao lançamento do primeiro single oficial, foram muitos os momentos pelos quais passou a banda GhettoRoots. Baseado na comunidade do Dendê (Edson Queiroz), o grupo formado por Carolina Rebouças, Gabriela Savir, Roni Flow e Rodrigo Revolução traz referências do rap, hip hop e reggae, misturando-as com vivências e mensagens muito próprias. Neste ano, a banda alcançou um novo momento profissional a partir de participações em festivais do Estado, gravação do single Reggae A Semente na aceleradora musical Porto Dragão com o produtor paulistano Blood Beatz (que já trabalhou com os Racionais MC's) e, em breve, inicia campanha para financiar o primeiro disco da carreira.

 

O single da banda foi lançado nas plataformas digitais no final da semana passada e já marcou a história do grupo. "Reggae A Semente é um marco pra gente, nosso primeiro trabalho oficial lançado. Foi uma experiência única contar com pessoas tão boas trabalhando e sonhando junto da gente, foi gratificante", aponta Rodrigo Revolução. "Além do Blood, que produziu um instrumental maravilhoso que traz toda a energia e magia, temos a honra de ter Airton Montezuma somando e Fernando Lélis sendo o nosso diretor musical. Jah nos abençoou com uma banda maravilhosa e isso nos fez crescer profissionalmente", ressalta.

 

Esse crescimento é percebido, também, nos eventos nos quais o grupo se apresentou: Festival Vida&Arte, Maloca Dragão, Ponto.CE, aniversário de Fortaleza, Festival Ecléticos, Corredor Cultural do Benfica e, mais recentemente, Mostra Sesc Cariri de Culturas. "Festivais vieram a acrescentar demais na nossa bagagem, é preciso estar na circulação dos mais importantes do Estado. É como se cada nova oportunidade lançada seja um novo fôlego que tomamos para continuarmos essa jornada em busca de viver da nossa arte", metaforiza Roni.

 

"Nem sempre os passos que a gente dá nos movem como imaginamos, mas cada vivência do GhettoRoots é desfrutada com muita entrega de todos os envolvidos. Amadurecemos muito juntos", avalia Gabriela Savir. "Começamos como um coletivo de educadores sociais, militantes da cultura hip-hop, utilizando suas várias expressões artísticas como ferramenta de transformação social", relembra a cantora. Roni complementa: "A gente costuma até brincar que o momento que a gente vive hoje é a hora da colheita de tudo que foi plantado e semeado, mas com total ciência de que não se pode parar de plantar. O Porto Dragão vem ajudando bastante nessa empreitada, dando visibilidade e impulsionando o projeto como um todo", afirma.

 

A campanha do financiamento coletivo do primeiro disco, Traficando Poesias, vem coroar a trajetória desenhada até então - a previsão é que o link para colaborar já esteja disponível amanhã. "A caminhada tá só começando e nossos sonhos e anseios vão mais além. O Traficando Poesias é a próxima etapa do trabalho, a consolidação do sonho, a carta coringa que vai realmente mostrar a todos, inclusive pra nós, o que é e o que pode ser o GhettoRoots", convida Rodrigo. "A família só cresce e agrega pessoas que sentem nossa poesia na pele também. Essa soma de gente que sente nossa arte e acredita nela cria uma força impulsionadora. Como não acreditar num trabalho como o nosso?!", confia Gabriela.

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