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Oficina de memórias
Vida & Arte

Oficina de memórias

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Para qualquer problema ou necessidade de compra, o fortalezense tem uma solução pronta: "resolve lá no Centro". Esse lugar - que ferve durante o dia e repousa durante a noite - é  resposta para dezenas de perguntas e necessidades. É fato que no Centro é possível fazer (quase) tudo - da compra do material escolar até o aparelho ortodôntico, do reparo da bicicleta à montagem do enxoval do bebê. E é na multiplicidade que esse espaço se constrói, se enlaça, se amplia.

 [SAIBAMAIS]

O Centro também é reduto de personagens bem peculiares que levam a vida a consertar utensílios. Em uma sociedade que não costuma reparar aquilo (e naquilo) que quebra - sejam objetos, relações afetivas ou espaços - há pessoas interessadas em renovar usos, reencaixar peças, fazer as engrenagens entrarem nos eixos novamente.

 

À revelia do senso comum - que aponta o Centro como lugar sujo, inseguro ou esquecido - eles disputam narrativas e acreditam que o bairro é uma zona de encontro propícia a fazer negócios e conhecer pessoas. Essa edição especial do Vida&Arte; mergulha no Centro de Fortaleza como local de múltiplas possibilidades e potências. Nestas páginas, contamos as histórias de Raimundo Moreira, de Marcelo José, de Mácio Mendes e de Sérgio Ramalho. Homens que carregam no ofício, cada qual do seu jeito, a beleza dos recomeços. Consertando máquinas de escrever, instrumentos musicais, equipamentos fotográficos e brinquedos, eles são ainda a metáfora de um lugar que, pela sua própria dinâmica, vez por outra pede um reparo para seguir pulsando em suas tantas funções para a Cidade.

 

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