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| Música | Banda paulista Bixiga 70 inicia turnê por 10 países para divulgar novo álbum, Quebra-Cabeça
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No coração do tradicional bairro paulista do Bixiga, conhecido por suas cantinas italianas e teatros, o número 70 da Rua Treze de Maio abriga quase dez anos de história de um dos grupos instrumentais mais expressivos em atividade no País atualmente: o Bixiga 70. Com quatro álbuns lançados e um disco remixado em versão dub, a big band embarca agora em um turnê por 10 países europeus para divulgar seu novo trabalho, o eletrizante Quebra Cabeça (DeckDisc, 2018).

 

O Bixiga 70 é bem-vindo fruto do encontro entre nove musicistas dispostos a experimentar e recriar a sonoridade plural da barulhenta capital paulista. O grupo é formado por Cris Scabello na guitarra, Cuca Ferreira no sax barítono, Daniel Gralha no trompete, Daniel Nogueira no sax tenor, Décio 7 na bateria, Douglas Antunes no trombone, Marcelo Dworecki no baixo, Mauricio Fleury nas teclas e guitarra e Rômulo Nardes na percussão. Além dos integrantes, o percussionista Bruno Prado também sobe aos palcos com a banda. Desde meados de 2009, os artistas se reúnem na sede do Estúdio Traquitana para harmonizar tantas vivências diversas em um trabalho cada vez mais maduro, coeso, elogiado pela crítica especializada e, é claro, pelo público que lota os shows da banda.

[SAIBAMAIS] 

"O começo do Bixiga 70 se deu por afinidade musical. A nossa vontade era mesmo tocar música que seja uma onda brasileira mais nova, carregando as diversas influências que São Paulo permite. A gente foi descobrindo, ao montar a banda e chamando integrante por integrante, que cada um tinha uma bagagem muito diferente um do outro porque São Paulo tem uma vivência muito distinta, muito plural. Cada um toca em uma cena com projetos muitos diferentes entre si, mas a gente sempre conseguiu achar um denominador comum para moldar uma identidade nossa. Esse processo ainda está em andamento", explica o trompetista Daniel Gralha.

 

A identidade artística do Bixiga 70, entretanto, é fortemente marcada por características que se mantêm desde a formação do grupo: suas influências distantes do mainstream e comprometidas com o resgate da música produzida nos mais diversos cantos do mundo resultam em uma sonoridade única, musicalmente rica, dançante e caleidoscópica.

 

"Em cada viagem a gente vê muita coisa diferente, muita coisa nova, muita coisa de raiz", compartilha Gralha. O grupo já esteve em Fortaleza duas vezes e costuma participar de festivais internacionais. "Você vai ver como as pessoas estão ouvindo e criando música, como estão enxergando o momento atual da música urbana mundial, como tá sendo enxergado isso em uma periferia da África do Sul, de Singapura ou da Mauritânia. Isso acabou dando muito material de conversa, muito ponto de partida e nos ajudou a nos enxergar. É isso: enxergando as outras pessoas e vendo como elas também enxergavam a nossa música, trocando com esses músicos, entendemos o que é a nossa música, qual é o nosso papel e o que cada elemento representa dentro do Bixiga 70", continua. Para os fãs, essas viagens também são primorosas: o Bixiga 70 é um convite ao corpo.

 

Discografia

I (2011)

II (2013)

 

 

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