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A primeira decisão ao embarcar rumo a Cuba foi não criar tantas ideias sobre o local. Não pensar em um encontro inesperado com Fidel, descobrindo de forma inusitada sua verdadeira moradia por aqueles dias em que fui turista em seu país em 2014. Seria até muita pretensão. Fui simplesmente por endereços que amigos e qualquer bom guia turístico indicaria em busca de experiências. Em Havana, um passeio pelo Museu da Revolução, um pôr do sol no Malecón, idas e vindas pelas ruas da parte "velha" da cidade - sem esquecer de provar o mojito de La Bodeguita del Medio e o daiquiri de El Floridita, bares frequentados pelo escritor Ernest Hemingway -, um par de horas no lounge do Hotel Nacional e refeições nos famosos paladares, como La Guarida.

 

Por ruas menos frequentadas pelos turistas na capital cubana, muros destruídos com restos de cores fortes e alegres, tudo como se fosse um trabalho de pátina por terminar. Uma ginga que não me era familiar, mas que causava encantamento. Sorrisos largos nos rostos das pessoas, um balançar de quadris das mulheres nativas como convite para dançar e muito reggaetón.

Fui feliz em só levar pelos dias de turismo um espírito de entrega e aceitação. Assim, ouvi histórias espontâneas sobre o país sem forçar intimidade com os cubanos e não me aborreci com a constante abordagem nas ruas com a pretensão de algum escambo. Me permiti, mais que tudo, sentir Cuba.

 

Adailma Mendes

Jornalista

 

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