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A alma como bandeira
Vida & Arte

A alma como bandeira

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O mundo fica mais chato sem Aretha Franklin. É fato que seus discos permanecem disponíveis em diversos formatos, físicos ou não. Também é fato que já conta um bom tempo desde que ela teve que largar uma agenda regular de shows e lançamentos. Seu último disco, inclusive, nem é tão bom quanto promete - um apanhado de covers de sucessos contemporâneos lançados por nomes como Sinead O'Connor, Etta James, Whitney Houston e (o grande chamariz) Adele. Ainda assim, Aretha era mais que uma artista fazedora de discos e de sucessos. Era uma bandeira viva da música pop negra mundial, que viu essa história se construir. Sua extensão vocal, técnica apurada e interpretação cheia de paixão fez escola entre muitas intérpretes da soul music. De Joss Stone a Liniker, não são poucas as intérpretes que citam a "Lady Soul" como influência. E Aretha transcendeu raças, credos e estilos para impor sua mistura de jazz, gospel e blues. E exigiu respeito à sua cor e à sua música. Aretha Franklin já era divina, agora está mais próxima dessa condição.

 

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