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Cerimônia do Tony ganha tom político
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Cerimônia do Tony ganha tom político

| TONY AWARDS | The Band's Visit e Harry Potter e a criança amaldiçoada triunfaram no maior prêmio do teatro dos EUA. Donald Trump foi alvo de protestos durante o evento
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O musical The Band’s Visit, inspirado no filme A Banda, e a peça Harry Potter e a Criança Amaldiçoada, dominaram os Tony Awards, o mais importante evento anual do mundo do teatro americano.


A cerimônia foi marcada por mensagens a favor das minorias e críticas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.


The Band’s Visit venceu em 10 categorias, incluindo a de melhor musical. Como no filme, o musical relata a história de una banda musical da polícia egípcia que, após uma confusão, acaba no deserto israelense, onde tem um encontro inesperado com várias nacionalidades, religiões e culturas.


O triunfo do musical era algo inimaginável no início da temporada, mas o grande sucesso de críticas a The Band’s Visit, a popularidade crescente, seu tema e a mensagem política deixaram a produção em uma posição ideal para os Tony Awards.


Além de melhor musical, a produção rendeu o prêmio de melhor ator para Tony Shalhoub por sua interpretação de Toufik. Shalhoub é conhecido pelo grande público por seu papel na série de TV Monk, pela qual venceu um Globo de Ouro e três Emmy.


Harry Potter e a Criança Amaldiçoada venceu em seis categorias, incluindo melhor peça e melhor direção para John Tiffany.


Angels in America venceu na categoria revival de uma peça e rendeu o prêmio de melhor ator para Andrew Garfield.


Em momento marcante da cerimônia, o ator de Hollywood Robert De Niro, 74 anos, foi aplaudido de pé, após xingar o presidente americano, Donald Trump.


De Niro participou do evento para anunciar uma apresentação de Bruce Springsteen. “Vou dizer uma coisa - f.., Trump!”, afirmou, erguendo o pulso para o alto, sendo ovacionado de pé.


O ator convocou os presentes a irem votar nas eleições de meio de mandato em novembro e elogiou o cantor Bruce Springsteen por seu ativismo político.


Esta não foi a primeira vez que De Niro, que nasceu e mora em Nova York, atacou seu conterrâneo. Em 2016, quando Trump era candidato à Presidência, o ator chamou o republicano de “descaradamente burro”, “totalmente maluco” e um “idiota”.


Em 2017, em um discurso na Brown University, ele descreveu o governo Trump como uma “comédia trágica, idiota”.


De Niro ganhou Oscars por seus papéis em O Poderoso Chefão II (coadjuvante, 1974) e Touro indomável (1980).

AFP


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