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Deadpool 2 repete fórmula bem recebida e situações hilárias
Vida & Arte

Deadpool 2 repete fórmula bem recebida e situações hilárias

| ESTREIA | NA aguardada sequência de um dos maiores sucessos de 2016, Deadpool 2 mantém a fórmula do antecessor, mas sem o mesmo frescor de novidade
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Desconhecido do grande público, a chegada de Deadpool aos cinemas em 2016 foi um sucesso inesperado. Por meio de uma campanha de marketing que conseguiu cativar o público antes da estreia, o longa alcançou a uma bilheteria superior a 700 milhões de dólares, garantindo a popularidade do personagem e uma antecipada sequência. Sem buscar inovar na fórmula já aprovada pelos fãs, Deadpool 2 expande todos os aspectos vistos no primeiro filme, resultando em uma diversão descompromissada, mas que cansa com tramas desnecessárias.


Entre os elogios recebidos pelo primeiro filme, a sensação de novidade era um dos mais comentados, por apostar em uma estrutura pouco comum para o gênero de super-herói. Aqui, a premissa inicial é o do encontro de Deadpool (Ryan Reynolds) com Russell (Julian Denison, destaque em Fuga para a Liberdade), jovem mutante com poderes de fogo. Direto do futuro, o mutante Cable (Josh Brolin) chega ao passado para impedir que o garoto se torne o homem que matou sua família. Assim, cabe ao mercenário tagarela impedir o assassinato de Russell.

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Produzido pelo estúdio Fox, o filme se passa no mesmo universo dos X-Men. Por questões orçamentárias, esse aspecto foi pouco abordado no primeiro longa. Na sequência, é possível conhecer um pouco mais sobre como funciona a relação da sociedade com mutantes. Apesar de seguir por um caminho interessante, Deadpool 2 perde a chance de apresentar de forma concreta essa vertente do mundo mutante. O resultado acaba apagado em meio às inúmeras piadas do filme.


O bom timing cômico de Reynolds se mantém, com o longa produzindo algumas situações hilárias, em meio a outras fracas e sem criatividade. O ganho de orçamento também proporcionou cenas de ação mais bem realizadas. Parte disso se deve a experiência do diretor David Leitch, responsável por Atômica e o primeiro John Wick. As coreografias de luta são executadas de forma compreensível, sem apelar para cortes rápidos, como é comum em longas do gênero.

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O maior defeito de Deadpool 2 reside na sensação de que a história foi inflada para fechar o tempo de duas horas. Uma determinada passagem, sobre a reunião de outros personagens para formar uma equipe, desperdiça bons 15 minutos para chegar a um resultado medíocre. Dentre as adições ao elenco, se destaca Zazie Beetz, intérprete da mutante Dominó. Tanto a personagem como a atriz são responsáveis por alguns dos melhores momentos do longa.


Já Josh Brolin, tão antecipado como Cable, cai bem ao personagem. A brutalidade e grosseria características são representadas com competência. Infelizmente, o roteiro dá uma construção rasa ao mutante, com suas motivações se limitando apenas à vingança. Em suma, Cable age mais como um robô programado para matar do que um ser racional durante a maior parte do filme.


Ao final, Deadpool 2 diverte, mas o resultado acaba cansando em certo ponto. A condução inflada da narrativa pesa negativamente para o popular personagem. As cenas de ação, contudo, podem compensar pela boa direção de Leitch. Existem duas cenas pós-créditos, cada uma com algumas das melhores piadas da projeção.


 
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