Logo O POVO+
Seleção de filmes de terror para esta sexta-feira 13
Vida & Arte

Seleção de filmes de terror para esta sexta-feira 13

SUSTOS | Nessa sexta-feira 13, conheça o horror contemporâneo e como ele surgiu de modo inesperado na cultura pop
Edição Impressa
Tipo Notícia Por

O filme de horror psicológico Um Lugar Silencioso, que estreou na última semana, tem recebido inúmeras críticas positivas na imprensa estrangeira e nacional. Isso o colocou em uma lista de outras obras associadas a um novo momento do gênero, que surgiu por volta de 2014, quando os diretores arriscaram uma renovação em suas obras.


São filmes pequenos, feitos entre amigos, que não passam dos 120 minutos, e que se transformam em clássicos instantâneos. Ao Cair da Noite e A Morte Te Dá Parabéns, por exemplo, são alguns dos melhores avaliados pelo público e crítica em 2017. Eles vão contra a maré do simples filmes de terror de demônios e seriais killers, e desenvolvem tramas mais complexas que evitam os sustos tradicionais.


Raw, Corrente do Mal, Águas Rasas e A Bruxa são outros recentes mencionados por fãs de horror. Eles surgiram em festivais, surpreenderam o público e ficaram conhecidos no boca a boca. Corra! é um exemplo disso. O filme dirigido por Jordan Peele, inclusive, concorreu a quatro Oscar na cerimônia de 2018, levando a estatueta de melhor roteiro original. As similaridades entre os filmes se resumem também ao baixo orçamento e às críticas sociais que acusam algum tipo de problema, mas que não tiram as convenções típicas do gênero, como o sangue e humor negro.


Além disso, as obras lançam nomes considerados pequenos. Jordan Peele, no caso, era um comediante pouco discutido antes filmar Corra!, assim como John Krasinski, diretor de Um Lugar Silencioso, que só era lembrado por seu papel na série de comédia The Office. Outro nome de peso é a Anya Taylor-Joy, atriz que se popularizou no gênero ao protagonizar A Bruxa e Fragmentado. De imediato, ela foi aceita em Hollywood como uma das mais competentes artistas em ascensão.


Esse momento, felizmente, é um resultado do comportamento dos estúdios americanos. Na década de 1930 e 1940, por exemplo, estava surgindo o gênero de criaturas fantásticas, como Drácula, Frankenstein, múmia etc. Esse formato popularizou vários cineastas, que serviram de exemplo para o modelo que veio a seguir. Nomes como Wes Craven e John Carpenter, apaixonados pelas mudanças do gênero, surgiram na década de 1970 e 1980. Eles lançaram outra perspectiva para os monstros, que ficaram mais próximos do terror sangrento. Criaturas como Freddy Krueger, de A Hora do Pesadelo, e os aliens de O Enigma de Outro Mundo popularizaram o terror, que ano após ano deixava de ser considerado filme B, classificação de obras baratas.


Já na virada do século, o formato não teve grande evolução. Obras como Jogos Mortais, Premonição e Atividade Paranormal empobreceram o gênero, tornando-se franquias repetitivas que viraram piada para outros formatos de cinema, como pode ser visto nas sátiras Todo Mundo em Pânico e
Inatividade Paranormal.


Entretanto, nos últimos anos, o modelo tomou um respiro muito bem-vindo. Foram vários filmes de horror psicológico ilustrando as listas de melhores obras do ano. Eles mostraram que o terror pode e continua contando boas histórias que envolvem críticas sociais, sangue e entretenimento. Precisamos valorizar esse momento antes que ele passe.


Mais medo


O Babadook (2014)

Boa noite, Mamãe (2014)

Sala Verde (2015)

Invasão Zumbi (2016)

Rastro de Maldade (2016)

Sob a Sombra (2016)

O Lamento (2016)

A Cura (2017)

Confira mais filmes em www.opovo.com.br/revistas

 

O que você achou desse conteúdo?