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Vinhos é hora de harmonizar!
Vida & Arte

Vinhos é hora de harmonizar!

Saiba como tornar a clássica combinação de queijos e vinhos surpreendente. Especialistas dão dicas que vale experimentar!
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Nas regras de harmonização, uma em especial deve prevalecer quando se trata de queijos e vinhos: comer o que gosta bebendo o que lhe faz feliz. A afirmação é de Zeh Lima Filho, sommelier e professor em Enologia do IFCE. É claro que cada queijo irá harmonizar melhor com um tipo de vinho, mas a divertida tarefa é experimentar de tudo e aprender a fazer as combinações. Vamos lá?


A primeira dica é provar e combinar o máximo de queijos e vinhos possíveis e, baseado na sua experiência e gosto pessoal, formar o próprio repertório. %u201CNovos queijos e novos vinhos são um território que deve ser explorado, pois trazem sempre excelentes conversas e entretenimento à mesa%u201D, garante Zeh Lima Filho.


Existem muitos tipos de queijos com perfil de sabores, texturas e composição bem diversa. Da mesma forma, o universo dos vinhos dispõe de uma variedade com estilos diversos em estrutura, aroma e paladar.


Para os iniciantes nesse universo, há opções certeiras como a feita com queijos curados, duros e ricos em sal, que vão muito bem com vinhos tânicos com madeira. %u201CUm exemplo clássico dessa combinação seria o queijo parmigiano reggiano e os vinhos da região de Chianti na Itália ou vinhos tinto à base de Cabernet Sauvignon, como os do Médoc ou do Napa Valley%u201D, aposta Zeh.


Já os queijos cremosos com grande percentual de gordura vão muito bem com vinhos mais ácidos. %u201CO casamento de brie com espumantes como champagne e cava, ou o queijo camembert com Riesling alemão do Mosel Valley ou da Alsácia seriam um exemplo dessa combinação%u201D, acrescenta o professor.


Outra ideia é degustar queijos com mofo azul com sabores intensos e encorpados com vinhos adocicados. %u201CComo exemplo, temos o gorgonzola e vinhos como Sauternes ou Porto Ruby ou, ainda, o queijo roquefort com Tokaj Aszú da Hungria ou Moscatel de Setúbal de Portugal%u201D, indica.


Vale anotar que queijos com sabores e texturas mais sutis podem se beneficiar de vinhos com um pouco mais de caráter e servir como tela em branco para que esses possam ser os protagonistas da harmonização. %u201CComo é o caso da mozzarella de búfala ou emmenthal com vinhos clássicos e elegantes como Borgonha tintos ou brancos%u201D, finaliza Zeh Filho.

Ana Karenyna

 

 

BOUCHARD Côte de Beaune Villages 2013 tem em sua composição 100% uva Pinot Noir. O aroma de frutas vermelhas garante sabor delicado com acidez agradável. Valor sugerido: R$ 234

 

DOÑA Paula Los Cardos Malbec é elaborado pela Viña Doña Paula de Mendoza na Argentina, sendo produzido exclusivamente com uvas Malbec. Safra 2016 (750ml).
Valor sugerido: R$ 59,90 

 

BRANCAIA Chianti Clássico Riserva DOCG 2011. Os aromas frutados são reflexo da presença da uva Merlot no corte. (750 ml). Valor sugerido: R$ 219

 

D%u2019ALAMEL é elaborado pela Lapostolle, no Chile. O vinho da família dos tintos esbanja fruta e frescor. Tem aromas expressivos de frutas vermelhas. (750 ml). Safra 2013.

Valor sugerido: R$ 80,90

SERVIÇO


EMPÓRIO DELITÁLIA

Onde: Av. Des. Moreira, 533 - Meireles,

Informações: (85) 3133-5000


MAIS:


Instagram: @emporiodelitalia

www.delitalia.com.br

ZEH LIMA FILHO

O sommelier promove curso Nível 2 da Certificação em Vinhos da Wine and Spirits Education Trust (WSET) de 21 a 25 de maio em Fortaleza.

 

Mais informações:

Email: cursos@enocultura.com.br

Instagram: @zehlimafilho

 

DICAS

Eduardo Albuquerque, diretor comercial do Empório Delitália, pontua que, de forma geral, queijos leves ou frescos curados como gouda, brie, camembert, mozzarella de búfala harmonizam bem com vinhos brancos leves frutados e com acidez elevada, como sauvignon blanc, alvarinho e espumantes ou um tinto leve, como o pinot noir.


%u201CEnquanto queijos duros com sabor mais forte e complexos como parmesão, primadona, pecorino, podem harmonizar com tintos encorpados, como cabernet sauvignon, Merlot ou um malbec%u201D, diz. Diferentemente dos queijos azuis como o roquefort, %u201Cque precisam de um contraste doce para harmonizar com seu alto teor de sal%u201D, explica, indicando que, com estes queijos existem algumas combinações clássicas com um vinho do Porto vintage ou um Sauternes.

 

 MAIS

 

Nem sempre é possível ter acesso a grande diversidade de estilos diferentes de queijos e vinhos. Mas há possibilidades mais acessíveis e surpreendentes, garante Zeh Lima Filho. %u201CQueijos do estilo parmesão são fáceis de encontrar e combinam muito bem com vinhos sul-americanos como Malbec da Argentina ou Cabernet Sauvignon do Chile. É uma combinação certeira, fácil de encontrar e adequada a todos os bolsos%u201D, diz.

Atenção para as geleias, que costumam acompanhar os queijos. %u201CA doçura de determinados alimentos pode interferir negativamente na percepção dos vinhos%u201D, ressalta. O ideal é utilizar geleia e compotas com um perfil mais frutado, porém com dulçor limitado. Se as geleias utilizadas forem muito doces, deve-se também utilizar vinhos com certo perfil de doçura na sua estrutura. Uma dica do profissional é usar as frutas in natura ao invés
das geleias.

 

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