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Para além das pesquisas e dos lados artístico e simbólico de Maquinista, o Pavilhão da Magnólia destaca na divulgação do espetáculo que a obra não recebe nenhum tipo de “incentivo de editais culturais”, tendo sido construída a partir de “parceiros e amigos que colaboraram diretamente”. A ausência do apoio público, como explica o ator Nelson Albuquerque, não foi uma escolha, mas uma “necessidade”. “Fazemos um trabalho continuado, onde todas as pessoas do grupo lutam para serem profissionais do teatro. É uma pena que as políticas públicas de cultura não consigam dar conta dessa demanda. É preciso ser inventivo e criar condições para continuar fazendo a arte que o grupo acredita”, afirma.


“É importante ressaltar que a parceria entre poder público e a arte é de suma importância, mas isso não significa dependência ou falta de liberdade para se criar o que desejamos. Deve ser dever do estado incentivar a cultura e a arte como produtores de bens simbólicos. Muitas vezes as sedes e grupos de teatro desenvolvem ações que deveriam ser do Estado”, aponta Nelson. “Na verdade, as lutas dos grupos da Cidade e de todos os artistas são por mais incentivos para a cultura e, principalmente, agilidade dos processos burocráticos dentro das secretárias. O tempo do Estado é totalmente diferente do tempo dos grupos, mas os fóruns das linguagens artísticas continuam na luta por melhorias”, finaliza.

 

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