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Ricardo Bacelar fala sobre projetos da carreira de músico
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Ricardo Bacelar fala sobre projetos da carreira de músico

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O ano de 2017 foi especialmente ocupado para Ricardo Bacelar. Entre as duas temporadas de 15 dias recebendo Cesar Lemos para a concepção de Sebastiana e mais um mês em Miami para a gravação, além da conclusão de um mestrado em direitos autorais, outros compromissos foram exigindo atenção. Um deles foi a gravação do primeiro DVD do Hanoi Hanoi.


A banda criada pelo baixista Arnaldo Brandão na metade dos anos 1980 foi responsável por sucessos como Totalmente Demais e Fanzine. Depois do quinto disco, se separaram em meados dos 1990, mas não perderam o contato. E a ideia de gravar o encontro foi para celebrar os 30 anos do quarteto que contou ainda com Sérgio Vulcanis (guitarra e vocal) e Marcelo da Costa (bateria e vocal). A gravação aconteceu em maio de 2017, em Belo Horizonte. “Eles começaram a ensaiar antes de mim, porque eu ia para Miami fazer meu disco. Ensaiei uma semana em casa, depois uma semana com eles”, lembra Bacelar, que se dividiu entre teclados e guitarra.


Bacelar fala com orgulho da época de roqueiro, mas não nega que os tempos são outros. “Éramos uma banda de estrada e ficar viajando direto é legal por um tempo. Eu olho pro Mick Jagger e não queria aquilo. Ficar velhinho e tocando”, ri, se imaginando no papel. Menos rocker e mais jazzista (ele cita Keith Jarrett, Chick Corea e André Mehmari entre os preferidos), Ricardo tem hoje a advocacia como principal fonte de renda e a música como uma atividade secundária, mas que também desperta planos.


“Minha ideia é fazer mais discos. Estou montando um estúdio em casa para isso”, adianta o músico que aspira parcerias com amigos como o guitarrista Cristiano Pinho e a pianista Delia Fischer. “Quero fazer uns 10 ou 15 discos. Mas quero fazer coisas com qualidade, com pesquisa. Produtos feitos com mais cuidado têm vida útil maior. E eles são ativos para o futuro. Então, se eu fizer 10 ou 15 discos, esses discos juntos podem valer alguma coisa do ponto de vista econômico”.

 

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