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Marca cearense Meu Óculos de Madeira é finalista do prêmio EcoEra
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Marca cearense Meu Óculos de Madeira é finalista do prêmio EcoEra

Depois de Catarina Mina, que venceu edição em 2015, é a vez da marca Meu Óculos de Madeira, do cearense Gustavo Lima, ganhar destaque nacional como finalista da 3ª edição do Prêmio EcoEra
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A ideia despretensiosa, lá de 2014, de dar óculos de madeira de presente de aniversário de casamento à esposa, nem de perto revelava a visão de futuro que o empresário cearense Gustavo Lima, hoje à frente da marca Meu Óculos de Madeira, tem ajudado a multiplicar nacionalmente. A marca do Ceará, comandada pelo casal, concorre, na próxima quinta-feira, 8, em São Paulo, ao Prêmio EcoEra, idealizado há três anos pela especialista em consumo consciente, Chiara Gadaleta, e que tem como objetivo avaliar a indústria brasileira da moda pelo viés sustentável.


Depois da também cearense Catarina Mina, vencedora em 2015 do prêmio na categoria Pessoas, a marca de óculos abre novo capítulo para as discussões sobre impacto na indústria. Ela soma-se a mais 12 de DNA brasileiro que participam da premiação este ano, entre elas a Reserva e o mineiro Ronaldo Silvestre, que desfilou na última edição do Dragão Fashion, em maio de 2017, contribuindo para moda, mas também para beleza e design.

[SAIBAMAIS]

Na final do EcoEra com mais três labels de acessórios, a Meu Óculos de Madeira tem este olhar da sustentabilidade em cada etapa que envolve o modelo de negócio. “Nossa produção é feita com madeira reutilizada de janelas, portas ou móveis, além da madeira do tipo DOF, que é a certificada”, conta Gustavo.


O que não vira óculos no endereço situado atualmente no bairro Cajazeiras, em Fortaleza, com produção 100% de mulheres - fator que contribuiu, segundo Gustavo, para a classificação da marca no Prêmio EcoEra -, transforma-se em gravata borboleta. “Praticamente não temos descarte de resíduo, o impacto é quase zero. Criamos até produto para aproveitar o resíduo do resíduo”, explica o empresário.


O “voo” da borboleta tem companhia. Associa-se a outra iniciativa do bem: a de uma pequena plantação em Cascavel, mantida pela marca, onde serão plantadas mudas de árvores. “É a nossa parte na construção de um futuro melhor”, defende o empresário, sobre a “Florestinha Mom”.


A Osklen, finalista na categoria Moda do Prêmio EcoEra deste ano, também lança olhar semelhante. Realizou mutirão recente em prol da recuperação das dunas de Ipanema. As semanas de moda internacionais também deram o recado. Exploraram ações eco-friendly como a vitrine “de chocar”, na loja Harrods (Londres), em dupla esperta com a Vetement. O curioso para fazer refletir: a montanha a partir da doação de clientes e turistas que depositaram suas roupas em caixas de coleta na loja de departamento (ver em @harrods).


De iniciativas de impacto positivo a um trabalho slow e limitado, o designer para óculos de madeira, no coração do Ceará, desenha modelos que revelem além de uma armação estilosa, um consumidor consciente da história por trás da peça que ele veste. “Nosso processo é muito artesanal e limpo, não usamos tecnologia de ponta em nenhuma fase”, preza Gustavo. “Conseguimos produzir até 150 unidades mês, mas estamos com a produção em 100. Isso é um valor fundamental”, revela.


“Participar do EcoEra é importante para a identidade da marca, pois através da premiação podemos mais ainda expressar o desejo de sermos cada vez mais sustentáveis. O sentimento é de ‘vai, continua”, celebra Gustavo.


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