[FOTO1]
Lançado em 1963, em meio ao movimento do Cinema Novo no Brasil, a obra Vidas Secas foi adaptada para o cinema pelo diretor Nelson Pereira dos Santos. O longa, que comemora 55 anos neste 2018, foi considerado por muitos críticos como a melhor obra cinematográfica daquele ano. Recebeu, por exemplo, o prêmio da crítica de Cinema de Genova, honra que os críticos italianos oferecem ao melhor filme do ano e ainda garantiu os prêmios do OCIC e o prêmio dos cinemas de arte, no Festival de Cannes, em 1964.
O professor de literatura e crítico de cinema Lourenço Becco destaca que o filme é um clássico, sob o ponto de vista cinematográfico e de adaptação. “O filme teve a proeza de criar um exemplo do Neorrealismo Italiano, conhecido por mostrar a dura realidade que a sociedade vive, com uma crítica social muito contundente e relevante até hoje. E o diretor conseguiu muito bem traduzir em imagens a linguagem dura, seca e enxuta de Graciliano Ramos”, explica.
O longa entrou, em 2015, na lista dos 100 melhores filmes brasileiros, feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). Ele está na terceira posição, atrás de Limite (Mário Peixoto) e Deus e o Diabo na Terra do Sol (Glauber Rocha).
(Gabriel Amora/Especial para O POVO)