Junto das novidades trazidas pelo O POVO e seus cadernos desde a última quinta-feira, 18, uma delas é a página de Cinema&Séries. O Vida&Arte ganha um espaço dedicado totalmente ao audiovisual, dividido entre mim e os repórteres Gabriel Amora e André Bloc, que já estrearam por aqui. Estarei por aqui às terças e aos sábados.
Uma coluna como essa pressupõe uma autoria muito marcada. Há o nome de quem a assina, sua foto e, não há como fugir: são suas as palavras impressas. Não fugirei dessa pessoalidade, mas posso afirmar que tenho (que temos, os três) a intenção de fazer dessa sessão, a cada edição do Vida&Arte, um espaço também de outros. Apesar de sermos três pessoas diferentes, temos pontos cegos que só certos tipos de vivências e experiências podem dar conta. Reconhecer os outros é reconhecer, também, nossas próprias limitações.
É por isso que contamos com a sua ajuda. O e-mail indicado logo abaixo da minha assinatura está totalmente disponível para receber dicas de filmes e séries, sugestões de assuntos a serem abordados, opiniões, lembretes, enfim, qualquer colaboração que você achar que seja válida de ser dividida e que pode enriquecer esse conteúdo.
Sendo essa minha primeira coluna, ela é uma abertura, uma apresentação bem pessoal. Logo abaixo, por exemplo, divido a lista dos filmes vistos no cinema ou streaming que mais me moveram em 2017 e discorro um pouco sobre alguns deles. A intenção (o convite) é que, cada vez mais, esse espaço se multiplique para falar com mais vozes sobre obras do cinema e da TV, sobre políticas públicas do audiovisual e produção independente, enfim, as diversas questões que partam disso. O canal está aberto.
OS PREFERIDOS DE 2017
1. MARTÍRIO, de Vincent Carelli, Ernesto de Carvalho e Tita
2. DOCINHO DA AMÉRICA, de Andrea Arnold
3. MOONLIGHT - SOB A LUZ DO LUAR, de Barry Jenkins
4. JOVEM MULHER, de Léonor Serraille
5. A CIDADE ONDE ENVELHEÇO, de Marília Rocha
6. DIVINAS DIVAS, de Leandra Leal
7. CORPO DELITO, de Pedro Rocha
8. FRAGMENTADO, de M. Night Shyamalan
9. LA LA LAND - CANTANDO ESTAÇÕES, de Damien Chazelle
10. NA PRAIA À NOITE SOZINHA, de Hong Sang-Soo
EMOÇÕES
UNIDOS pela disputa no Oscar e pela gafe histórica, La La Land (disponível no Google Play) e Moonlight (disponível na Netflix) são filmes diferentes, mas emocionantes à sua maneira.DOCUMENTÁRIO
NA LISTA, três filmes apontam para diferentes temas e modos de fazer. Martírio aborda o genocídio dos Guarani-Kaiowá e é um dos filmes mais urgentes que já vi. O cearense Corpo Delito fala de estruturas de poder de modo inventivo e Divinas Divas, menos ousado na forma, emociona pelos depoimentos.PARA VER NO CINEMA
Na Retroexpectativa, do Cinema do Dragão, você pode assistir a Na Praia À Noite Sozinha (dia 21, às 18h) e Fragmentado (dia 23, às 20h).
JOVENS MULHERES
TRÊS LONGAS da lista podem ser aproximados pelo protagonismo feminino, à frente e atrás das câmeras: Docinho da América (foto; disponível na Netflix), Jovem Mulher e A Cidade Onde Envelheço (disponível no Now, Google Play, AppleTV e YouTube). São retratos escritos e dirigidos por mulheres de diferentes realidades de suas jovens protagonistas.