Preta Gil foi menina criada entre os carnavais do Rio de Janeiro e de Salvador. “Lembro dos primeiros trios elétricos que meu pai (Gilberto Gil) me levou para conhecer, lembro do início da axé music que revelou estrelas do Carnaval”, explica a cantora em entrevista ao O POVO, por email. Mais tarde, com a carreira consolidada, Preta teve a chance de circular por outros carnavais. Foi de São Paulo a Brasília, mantendo sempre um repertório “misturado” e feito para agradar “a gente de todo Brasil”. A cantora vem a Fortaleza neste fim de semana para a abertura do Bloquinho Charmoso.
A festa acontece na área verde do Shopping Iguatemi e, ao longo de quatro sábados, terá também os blocos cariocas Sargento Pimenta e Simpatia é Quase Amor; o cantor de sertanejo Felipe Araújo, o cantor de forró Iohannes; e o grupo Psirico. Os ingressos estão disponíveis no site Bilheteria Virtual e na Loja Bloquinho Charmoso, localizada no shopping Iguatemi.
“Desde sempre me envolvi com esses folguedos, as fantasias, os adereços, sempre observei as festas, as pessoas e cresci respeitando as tradições”, explica Preta Gil, que, além do Carnaval, aponta as festas juninas como momentos importantes de celebração. “Meu trabalho é alegre. As canções são o combustível de festas e celebrações ao longo do ano”, pontua Preta.
A alegria característica das canções, entretanto, não apaga o sentimento de indignação diante de questões atuais. “Não sou uma cantora de protesto mas também não posso me calar diante de questões que sinto serem importantes serem discutidas”, explica Preta, lembrando que a arte também deve ser útil para esses fins. “Toda vez que houver espaço para que eu me manifeste em prol de algo importante e necessário o farei. Mas eu quero mesmo é cantar e defender o amor e a alegria mesmo que, às vezes, eu precise cantar algo para que as pessoas parem de destilar o ódio”, diz.
É assim com os comentários sobre o peso, a aceitação pessoal e a autoestima da cantora - que diz não se considerar uma “militante”, mas também não foge de lutas contra gordofobia, homofobia e preconceitos. “Chegou a hora da humanidade entender que ninguém é mais que ninguém, ninguém é perfeito e que devemos nos unir pois há muito o que fazer para deixarmos um mundo melhor para as próximas gerações”, finaliza.
colaborou Isabel Costa
SERVIÇO
Bloquinho Charmoso
Quando: nos sábados 13, 20 e 27 de janeiro e no sábado, 1º, de fevereiro. Primeiro sábado com Preta Gil e outras atrações. Abertura dos portões às 15 horasOnde: Área Verde do Iguatemi (avenida Washington Soares, 85)
Ingressos:
1º lote
Censura 16 anos
Outras info.: bit.ly/2Dmxou7