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Instituto Dragão do Mar vai promover intercâmbio cultural com o Chile
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Instituto Dragão do Mar vai promover intercâmbio cultural com o Chile

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Projeto do Instituto Dragão do Mar (IDM) prevê criação de “hub cultural” no Ceará a partir de convênios e parcerias com instituições de outros estados brasileiros e países. A primeira cooperação confirmada é com o Chile, representado pelas cidades de Santiago e Valparaíso.


A iniciativa surge como forma de promover a visibilidade e a circulação da produção feita no Estado. Segundo o presidente do Instituto, Paulo Linhares, a iniciativa veio como consequência de um estímulo do Governo do Ceará para a criação de “novos circuitos culturais” a partir do estabelecimento dos hubs aéreos no Estado.


Entre as ações de intercâmbio Chile-Brasil confirmadas, Paulo Linhares destaca a articulação da ida de três artistas cearenses para o Chile e de três chilenos para cá - no entanto, ainda não estão fechados prazos ou processos de escolha daqueles que circularão. “Vai depender da articulação do ano todo que estamos fechando. Uma parte das ações entra até julho, e outra parte depois, no segundo semestre”, justifica Paulo.


Haverá, ainda, visita de gestores e diretores de institutos e eventos chilenos ao Dragão do Mar, numa programação marcada para o dia 23 de abril, antes da Maloca Dragão. Um dos convidados será Tomás Muhr, diretor do Imesur, mercado de música chilena e latino-americana. “Teremos participação no evento, que é muito estruturado. Tivemos boa articulação e vamos participar da próxima reunião do Imesur com estandes, vamos levar artistas ”, elenca Paulo.


Outra ação prevista, mas somente para o final do ano, é a exposição Tudo que vivemos juntos 1968-1973, que irá aproximar os períodos históricos brasileiro e chileno marcados por ditaduras. A curadoria, como adiantou Paulo Linhares, será de Juca Ferreira.


Toda essa movimentação é ligada ao projeto Porto Dragão, descrito pelo presidente do IDM como um “acelerador de projetos culturais”. Lançado em agosto do ano passado, o Porto Dragão se baseia em dois eixos: um de produção e qualificação de conteúdo e outro de circulação de projetos e, conforme Paulo Linhares, deve funcionar no prédio do Sesc Iracema, na rua Bóris. Atualmente, as ações do projeto estão voltadas para a música com o programa Porto Dragão Sessions, que selecionará dez artistas ou bandas para integrarem uma coletânea e terem seus trabalhos divulgados em plataformas digitais. As próximas linguagens a serem impactadas pelo projeto devem ser o audiovisual e a dança.


No braço de circulação do Porto Dragão, Paulo explica que as parcerias começaram em nível nacional. Com São Paulo, o acordo fechado é com o Sesc e o Itaú Cultural. Já as negociações com Rio de Janeiro e Minas Gerais estão em andamento para parcerias, respectivamente, com o Circo Voador e a Secretaria da Cultura de Belo Horizonte. Internacionalmente, foram fechadas as parcerias com o Chile e, segundo Paulo, os próximos passos serão com a Argentina e o Peru.

 

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