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Diversidade sexual na pauta jornalística, por Lívia Perez
Vida & Arte

Diversidade sexual na pauta jornalística, por Lívia Perez

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O Brasil é um país cujos meios de comunicação estão extremamente concentrados. Rever a história da imprensa alternativa é também refletir sobre essa concentração que acaba por não reproduzir a diversidade do nosso país, inclusive a diversidade sexual. “É preciso dizer não ao gueto e, em consequência, sair dele. O que nos interessa é destruir a imagem-padrão do homossexual, segundo a qual ele é um ser que vive nas sombras, que prefere a noite, que encara sua preferência sexual como uma espécie de maldição”. Esse é o tom do editorial da primeira edição do jornal Lampião da Esquina (publicado no final da década de 1970) e que indica claramente a intenção de instaurar um debate sobre diversidade sexual na imprensa brasileira. Neste sentido, Lampião foi um jornal que representava uma possibilidade de mídia alternativa e que pautou, de forma pioneira, muito do que ainda estamos discutindo hoje. Temas que ainda enfrentam resistência, - principalmente com as ondas de conservadorismo como liberação sexual, feminismo, aborto, legalização das drogas, racismo-, figuravam nas páginas do jornal e isso foi fundamental para que os veículos de comunicação hegemônicos também se abrissem para essas pautas.


Por Lívia Perez,

diretora do longa Lampião da Esquina
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