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Clube da Psicanálise discute o ódio na contemporaneidade
Vida & Arte

Clube da Psicanálise discute o ódio na contemporaneidade

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“O desenvolvimento humano e a bagagem cultural podem se multiplicar quando uma discussão oferece mais conteúdo que um tradicional bate-papo”. A afirmação é da psicóloga e psicanalista Alice Carneiro, que tem como foco explorar a psicanálise e contemporaneidade nos encontros do Clube de Psicanálise. O evento aborda hoje, 22, o sentimento de ódio presente na vida de grande parte dos brasileiros.


“O tema segue a proposta de realizar algumas discussões sobre a ‘contemporaneidade do ódio’, que, pelo olhar da nossa profissão, vai desenvolver questões urgentes que assolam a experiência social e cultural no Brasil”, diz Alice. Ela destaca que o Clube ainda tem como foco escutar e debater os assuntos com o público presente e que se disponibiliza a oferecer sensações, interpretações e referências literárias.


“Eu espero que as pessoas ofereçam ideias e discutam o porquê que está cada vez mais latente este ódio social que nos persegue. Os indivíduos brigam entre si, isto está em alta. Entretanto, com os contrapontos oferecidos, nós vamos conhecer essa prática, que está cada vez mais intensa na Internet, redes sociais e sociedade”, explica. A especialista enfatiza que o tema do evento surgiu pela falta de estudo e posicionamento de modo mais crítico.


A convidada para esta edição do Clube é a professora e filósofa Sandra Helena de Souza, que espera conversar e aprender mais, ao contrário de simplesmente ministrar uma aula. “Espero entrar na engrenagem dos motivos do ódio e lançar provocações filosóficas e culturais sobre esse momento atual”, conta.


Sandra ainda espera a disposição das pessoas para participarem, já que elas poderão compreender e apontar como o ódio se firma como uma paixão humana. “Vamos tirar aquilo de produtivo, logo que todas as paixões são produtivas de alguma forma. Temos que compreender o sentimento e a nós mesmos, não só como paixão pessoal, mas como sentimento político também”, conta. A especialista enfatiza que o sentimento também precisa de expressão, já que identifica os dilemas e motivos nas pessoas. “Desconfie de quem nunca odiou. Essas são as pessoas mais perigosas. E essa é a provocação que irei oferecer”.

 

SERVIÇO

 

Clube de Psicanálise

Quando: hoje, às 19 horas

Onde: Espaço O POVO de Cultura & Arte (Av. Aguanambi, 282 - Joaquim Távora)

Outras inf.: 3255 6226

Entrada gratuita

 

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