O Diário de Anne Frank, uma das obras mais vendidas no mundo, será publicado pela primeira vez no formato graphic novel em quase 50 países - informou ontem a editora francesa Calmann-Levy.
Após um acordo com o Fundo Anne da Basileia (Suíça), o diário da jovem judia que faleceu em 1945 no campo nazista de Bergen-Belsen, foi adaptado pelo autor israelense Ari Folman e seu compatriota, o ilustrador David Polonsky.
A graphic novel não tem a totalidade do diário - “isto nos obrigaria a conceber mais de 3.500 páginas”, disse Folman -, mas inclui várias cartas dirigidas por Anne Frank a sua amiga imaginária Kitty. Outros trechos de poucas linhas na obra original publicada em 1947 foram ampliados.
“Tentamos preservar o senso de humor mordaz de Anne, seu sarcasmo e sua obsessão com a comida”, declarou Folman.
Os períodos de depressão e desespero da jovem são tratados, sobretudo, com cenas de fantasia ou oníricas na publicação, que tem classificação indicativa para a partir de 12 anos.
AFP