Responsável pelo tombamento do Palacete Carvalho Mota, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) considera que o espaço não está em situação de risco. “Não há problemas estruturais e não está ameaçada a preservação das características arquitetônicas”, garante o órgão em nota enviada ao O POVO.
[QUOTE1]Na última inspeção realizada no prédio, em janeiro deste ano, os fiscais da entidade constataram que o bem está sendo usado como arquivo e é vigiado permanentemente. O órgão esclareceu que é responsável por fiscalizar a conservação dos tombamentos. Contudo, cabe ao proprietário a manutenção do imóvel.
[SAIBAMAIS]“O Iphan apoia a utilização dos bens culturais tombados de maneira sustentável e a promover a divulgação e o conhecimento sobre a cultura e a memória brasileira, porém, a decisão final sobre o uso dos bens cabe ao proprietário, não ao Iphan”, explica a nota. Conforme o órgão, a orientação vale para bens públicos e privados que tiveram a relevância nacional reconhecida. (Igor Cavalcante)
ESTILOS
Palacete Carvalho Mota
Tombado em 1983, o edifício foi construído em 1907 e reformado entre 1934 e 1935, quando passou a abrigar a sede da antiga Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas. Trata-se de um exemplar da arquitetura adotada no início do século XX, englobando elementos de diferentes estilos.
O imóvel possui dois andares. As janelas e portas são em arco abatido, já a fachada principal tem a par te superior decorada por parapeito encimada por pináculos. As janelas superiores da fachada principal apresentam formato em arco e todas as janelas do edifício possuem vedação em veneziana. As janelas dos segundo pavimento possuem balcão formado por gradil em ferro.