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Reggae de Fortaleza perde Xico Canuto
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Reggae de Fortaleza perde Xico Canuto

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Tristeza, revolta e saudade tomaram conta de artistas e fãs do reggae de Fortaleza ontem, após a notícia da morte do proprietário do bar de reggae mais antigo da Cidade, o Bicho Papão, na Praia de Iracema. Xico Canuto, 64, foi assassinado a tiros na madrugada, dentro do bar.


Segundo testemunhas, um homem encapuzado teria entrado no local e efetuado três disparos à queima roupa.


Pelas redes sociais, vários amigos, artistas e frequentadores do bar publicaram homenagens, relembrando inclusive postagens recentes de Canuto a respeito da insegurança no bairro. “Estou vivendo o meu pior momento na Praia (de Iracema) por não aliciar o Bicho Papão ao tráfico que hoje manda e desmanda", publicou em novembro.


“Canuto era um cara do bem. Ele sempre me dizia que deveríamos fazer o bem sem olhar a quem. Tinha um jeitão meio duro por fora mas dentro dele batia um coração enorme. Um dia antes, cantei no anfiteatro do Dragão do Mar uma música feita pra ele chamada Canuto”, lamentou David Lima, vocalista da banda de reggae cearense Donaleda.


“A gente tá sentindo muito porque o Canuto era uma pessoa muito especial, um amigo mesmo, aquela pessoa que entendia de reggae com a alma mesmo. A única vez que eu vi o Canuto sair da casa dele, do bar dele, foi quando a gente fez um tributo com várias bandas, há um ano, no Reggae Club, em prol da minha irmã, a Bruna (projeto She Loves)”, afirmou Priscilla Delgado, DJ e produtora cultural. Presidente da Central Única das Favelas (Cufa), Preto Zezé lembra de Canuto como um ícone cultural da Praia de Iracema. “Era muito querido, vai fazer falta. Era um cara que mantinha vivo, além da cultura do reggae, o lado acolhedor da noite”, afirmou.


Até o fechamento desta edição, não havia informações sobre o autor do crime.

 

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