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Coletivos Bagaceira e Alumbramento se unem em longa-metragem
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Coletivos Bagaceira e Alumbramento se unem em longa-metragem

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Em 2013, o Grupo Bagaceira de Teatro convidou a produtora Alumbramento Filmes para participar de um projeto em conjunto. Eles fariam parte da primeira edição do Laboratório de Audiovisual da escola Porto Iracema da Artes e iriam, a princípio, desenvolver uma série de TV em quatro episódios.


Chamado Inferninho, o projeto havia nascido, outrora, como peça teatral, se transformou em série de TV e, em uma reviravolta, virou um longa-metragem. O filme está sendo finalizado e deve ser lançado no início de 2018. O processo de produção será pauta de bate-papo que ocorre amanhã à noite na sala de teatro Sidney Souto, no Porto Iracema.


A conversa terá a participação dos diretores Guto Parente e Pedro Diógenes, além de alguns atores que formam o elenco, como Yuri Yamamamoto, Démick Lopes, Rafael Martins, Tatiana Amorim, Samya de Lavor e Rogério Mesquita. “Um encontro muito feliz entre cinema e teatro”, define Pedro, da Alumbramento. Ele explica que a produtora já mantinha uma relação com o grupo de teatro, que passava pela admiração e até pela participação de integrantes dos coletivos nos trabalhos um do outro. Mas nunca na realização de um produto em parceria.


Este é o sexto longa-metragem dirigido por Pedro. O último lançado foi Com os punhos cerrados, em março. “O filme é um melodrama com bastante humor que se passa todo dentro de um bar, chamado Inferninho, em um lugar distante”, narra. Ele foi rodado em agosto de 2016, durante 12 dias, no Ateliê Rural Alpendre, um sítio localizado na cidade de Cascavel, no Ceará. Os recursos (que giram em torno dos R$ 100 mil) vieram do Edital de Cinema da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, com aporte da Ancine (Agência Nacional de Cinema).


O também diretor do longa, Rafael Martins, do Bagaceira, foi quem criou a dramaturgia de Inferninho, em 2009. À época, o texto deveria ser encenado nos palcos dos teatros, pelo grupo de teatro. Segundo ele, levar a dramaturgia para o cinema, mesmo originalmente tendo sido pensada para o teatro, é um desafio constante. “É sempre muito difícil entrar em uma linguagem que você não domina. E foi muito sedutor. A gente percebeu como o entendimento de um coletivo pode somar com o outro”.


Sobre a narrativa, ele resume: é falar sobre a vulnerabilidade dos seres humanos, que não são heróis. É lançar um olhar generoso sobre a vida, sobre esta vulnerabilidade. “O filme fala muito mais sobre o fracasso do que sobre grandes conquistas. É o sentimento que Sartre definiu, dizendo “o inferno são os outros”. Mas o inferno também somos nós”.

 

SERVIÇO


Por dentro do inferninho

Quando: amanhã, dia 26, às 19 horas

Onde: Rua Dragão do Mar, 160, Praia de Iracema

Entrada franca.

 

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