Os tuítes de Donald Trump geram polêmica, insultam e produzem manchetes ao redor do mundo. No último final de semana eles foram expostos em uma irônica biblioteca presidencial perto do lar do presidente americano em Nova York.
O programa de televisão The Daily Show do canal a cabo Comedy Central e cuja audiência disparou desde a eleição de Trump, organizou a exposição gratuita para zombar do presidente e fazer o público refletir.
Os visitantes puderam conhecer a “Biblioteca Presidencial de Twitter Donald J. Trump”, repassar seus tuítes mais famosos e lançar algumas mensagens eles próprios a partir de um vaso sanitário dourado.
Trump “é um ótimo tuiteiro”, disse aos jornalistas o comediante sul-africano Noah. “Nunca antes tivemos um presidente tão transparente e ao mesmo tempo tão opaco”.
Muitos americanos podem já estar se sentindo saturados com a cobertura dos tuítes de Trump, nos quais ele atacou seu predecessor Barack Obama, rivais políticos, o prefeito de Londres e comentou a vida amorosa de celebridades.
Mas a exposição procurou explorar ao máximo o amor de Trump por esta rede social, que lhe permite se expressar em apenas 140 caracteres para se comunicar diretamente com seus seguidores, contornando seus porta-vozes na Casa Branca e os meios tradicionais.
O conceito da exposição é uma referência à tradição de cada presidente americano desde Franklin D. Roosevelt de inaugurar uma biblioteca após o fim do seu mandato para abrigar documentos de valor histórico sobre seu governo.
É também outro veículo para que os comediantes debochem de uma presidência que fez os índices de audiência dos programas que comentam a atualidade com humor dispararem e revigorou carreiras com a de Noah.
A exposição trouxe uma tela com o feed do Twitter de Trump que emitia uma sirene quando o presidente tuitava, e grandes molduras douradas enquadrando algumas das suas mensagens mais famosas, como se fossem obras de um museu. (AFP)