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Destino da Casa do Barão de Camocim ainda indefinido
Vida & Arte

Destino da Casa do Barão de Camocim ainda indefinido

Segundo Eliza Gunther, existe a intenção do casarão passar a constituir um novo espaço de difusão e formação artística junto à Vila das Artes
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A Casa do Barão de Camocim, que é tombada como patrimônio histórico, foi desapropriada pela Prefeitura de Fortaleza em 2005 para acolher o projeto Vila das Artes. Apesar de vários projetos anunciados naquele momento para o casarão, nada aconteceu e por mais de uma década o local seguiu entregue apensas à ação do tempo. Em dezembro passado, a Casa do Barão de Camocim sediou a 18ª edição da Casa Cor Ceará. Passou por uma série de intervenções para a realização do evento e depois dos holofotes lançados sobre ele, nada mais se falou sobre o futuro do imóvel. Em fevereiro deste ano, a casa foi ocupada pelo Movimento Vila Viva, articulado por alunos da escola que reivindicavam uma série de ações para o funcionamento autônomo do equipamento, além de um diálogo transparente com a Secretaria da Cultura de Fortaleza (Secultfor).
 

A permissão de uso do espaço seguiu com o Instituto Cor da Cultura até março, e o destino da Casa, mais uma vez, segue indefinido. A diretora da Vila das Artes, Eliza Gunther, afirmou em entrevista ao O POVO que o prazo para entrega da Casa do Barão foi adiado e se estende até o fim deste mês.
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“Estou sabendo que vai ser entregue no final de junho e existe a intenção do casarão passar a se constituir junto a Vila como espaço de difusão e formação. Há um debate com o Patrimônio sobre atividades adequadas para a Casa. Então acho que é algo que vai ter que ser afinado, conciliando o desejo do uso, as necessidades da Vila e a questão do Patrimônio”, afirma a gestora. Questionada sobre a possibilidade de acontecer com a Casa do Barão algo semelhante ao que aconteceu ao Estoril – que, com caráter cultural, foi ocupada recentemente com atividades administrativas da Secretaria de Turismo –, a diretora diz que nunca viu “nenhum aceno nesse sentido”. “O prefeito (Roberto Clúadio) se comprometeu que ela seria um centro de cultura que estaria em sinergia e consonância com as atividades da Vila”, diz.

Outras questões
Outro problema que coloca a Vila das Artes no meio de embates é a denúncia de corte do auxílio transporte às mães de alunos da Escola de Dança. Sobre o assunto, Eliza é taxativa: “Não confere”. Segundo a gestora, o contrato feito com o Sindiônibus no ano passado, que previa um valor específico do auxílio, não levou em conta o aumento no número de estudantes na Escola de Dança, que neste ano recebeu 80 novos alunos. “Analisando a situação, vi que não chegaríamos até o final do ano com o recurso. A solução foi ampliar o valor do convênio em até 25%, que é o máximo permitido. Não houve cancelamento, e sim está encaminhado um processo de
ampliação”, garante.
 

Paralelo a isso, a gestora afirma que, na análise, chegou ao conhecimento da direção que mães de alunos que vinham deixar as filhas em carros próprios e mães de alunos de escolas particulares estavam recebendo o benefício. “Pedi um recadastramento, com a observação de que não necessariamente o aluno de escola privada será retirado, ocorrendo análise de caso a caso”, explica. “À medida que os pais foram atualizando os cadastros, automaticamente recebem o vale transporte. As mães e pais com cadastro atualizado estão recebendo. Quem não atualizou, não está”, resume. (João Gabriel Tréz) 

 

Serviço

 

Vila das Artes
Onde: Rua 24 de Maio, 1221 - Centro
Telefone: 3252 1444
viladasartesfortaleza.com.br 

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