Há um ano, quando saíram as primeiras notícias sobre a reforma do Palacete do Barão de Camocim para sediar a Casa Cor Ceará, a escritora Lourdinha Leite Barbosa começou uma intensa pesquisa sobre a vida daquele que foi um dos nomes mais importantes da história do Estado.

Após vasculhar jornais e outros arquivos da época, o trabalho resultou em um livro. O projeto ficou pronto a tempo de ser lançado durante a Casa Cor e será reapresentado hoje em um encontro com a autora na XII Bienal Internacional do Livro.

Para contar os quase 70 anos de história de Geminiano Maia, o caixeiro vindo de Aracati e que mais tarde se tornaria o Barão de Camocim - título dado por Portugal por intermédio da Princesa Isabel -, Lourdinha faz uma analogia aos ventos da cidade natal do empresário. “Como ele nasceu em Aracati, tive a ideia de ligar o vento ao nome de todos os capítulos. A história dele é como se fosse o vento passando, fala das perdas mas também um vento de fortunas”, explica.

A história do Barão se funde à de Fortaleza, por isso a escritora também retrata como era a vida na Capital no final do século XIX e começo do século XX.

Lourdinha, que é casada com Arnaldo Parente Leite Barbosa, bisneto do Barão, conta que o livro é uma homenagem ao centenário de morte do rico comerciante. “Eu não conhecia sua história toda e foi uma surpresa para a família inteira. Ficamos encantados com o homem de visão além do seu tempo”.

A conversa sobre o livro na Bienal conta com a presença do escritor Eduardo Bezerra Neto, que escreveu o prólogo, e de Patrícia Veloso, editora do projeto.

SERVIÇO

Lançamento do livro Barão de Camocim

Onde: Espaço Natércia Campos do Escritor Cearense - pavilhão térreo

Outras informações: bienaldolivro.cultura.ce.gov.br