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Terror nostálgico
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Terror nostálgico

| lançamento | Nova versão de Resident Evil 2 traz de volta velhos elementos da adorada série de videogames lançada nos anos 1990. No lugar da ação, o jogo recupera o clima de suspense
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Resident Evil 2 (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Resident Evil 2

Zumbis não são mais novidade na cultura pop, e talvez aí resida um dos maiores desafios de Resident Evil: a aclamada franquia nascida nos videogames nos anos 1990 precisa continuar relevante e inovadora quando não é mais a única representante do universo dos mortos-vivos. Entretanto, o mais recente lançamento da série não é um passo em direção ao futuro, mas um resgate do passado, já que se trata de um remake de Resident Evil 2 (1998).

A escolha da Capcom, produtora do jogo, por esse caminho não é absurda. O game original é considerado um jovem clássico, amado por jogadores do mundo todo. Boa parte desse sucesso se dá por conta da engenhosidade de seus quebra-cabeças e, principalmente, pelo clima de
terror que possuía.

A franquia, que em lançamentos mais recentes deixou fãs insatisfeitos por ter mergulhado de vez no gênero ação, percebeu que poderia voltar a usar o medo como ferramenta para contar suas histórias. Em Resident Evil 7 (2017), já houve essa tentativa, mas não de modo suficiente para reconquistar a devoção de outrora.

Com a versão repaginada de Resident Evil 2, a estratégia funcionou, e o jogo já é sucesso absoluto de crítica e de público. Conseguir isso não era uma certeza: seguindo a trajetória do cadete da polícia Leon Kennedy e da estudante Claire Redfield para fugir de Raccoon City, cidade infestada por zumbis, o game precisou lidar com expectativas elevadas e sentimentos muito bem firmados no coração dos fãs.

Um desses aficionados é o guarda municipal Danilo Pereira, 31, que dedicou dezenas de horas aos primeiros Resident Evil ainda nos anos 1990. Para ele, o retorno aos ambientes caóticos que o tornaram fã da saga foi mais que satisfatório. "Com o novo Resident Evil 2, finalmente conseguiram resgatar com louvor a essência da série. A todo instante você fica mais envolvido", avalia.

A revisitação tem o trunfo de se utilizar de elementos já conhecidos ao mesmo tempo em que os atualiza. A experiência de rever os célebres cenários e personagens é intensificada pelo potente motor gráfico da Capcom, gerando cenas e rostos realistas o suficiente para causar ansiedade real nos jogadores. Tudo isso sem largar mão da sensação de nostalgia.

"A repaginada na ambientação da delegacia de Raccoon City, a reinvenção na história para se manter fiel ao enredo do jogo dos anos 1990, mas inovando para que possamos ter conteúdos inéditos… Para mim, como fã da série, é surreal",
destaca Danilo.

Para garantir imersão, o remake aposta ainda em um cuidadoso trabalho de iluminação, que põe o jogador quase o tempo todo em locais escuros, dando a constante sensação de insegurança. A jogabilidade também tem chamado atenção pela fluidez de movimentos (uma catástrofe com zumbis pede exatamente isso), causada muito em parte pela substituição das telas fixas do jogo original pela câmera em terceira pessoa.

Resident Evil 2 era um dos jogos mais aguardados para 2019, desde o seu anúncio surpresa no ano passado, e não decepciona na entrega, sendo título obrigatório não só para os fãs da franquia, mas para qualquer um que busque um game intenso, amedrontador e, claro, divertido.

O jogo já está disponível para PlayStation 4, Xbox One e Windows PC. Quem quiser testá-lo antes da compra definitiva, pode fazer o download de uma demonstração gratuita até esta quinta-feira, 31, nas lojas oficiais de cada plataforma.

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