O que o kwid tem
Fenômeno de vendas, o KWID representa metade das vendas da Renault[FOTO1]
Quatro meses depois de ter sido lançado no Brasil, o Kwid, subcompacto da Renault, já é o segundo carro mais vendido no País. Só em setembro, foram mais de 10.358 unidades emplacadas, segundo levantamento da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), atrás apenas do Ônix, da General Motors, com 17,2 mil unidades. Em Fortaleza, o veículo já responde por metade das vendas da marca.
É o que explica o gerente de vendas da Regence, uma das concessionárias autorizadas da Renault em Fortaleza, Alex Christian. Só na pré-venda, de 25 de junho a 31 de julho, foram mais de 300 Kwids comercializados na Cidade. “É de fato um fenômeno. A fábrica superou em dez vezes o que esperava vender. E as vendas continuam diariamente. O que a gente vende de Kwid é o equivalente a todos os outros carros somados”.
O desempenho ajudou a alavancar a Renault da sexta posição, em junho, com 13,4 mil veículos, para a vice-liderança do mercado automotivo brasileiro, com mais de 19,6 mil carros vendidos em setembro. A Volkswagen caiu da segunda para terceira posição no ranking. Mas a líder continua sendo a GM, com 30,9 mil unidades vendidas no último mês.
Mas o que explica este fenômeno de vendas Kwid? O sucesso vem na esteira da retomada gradual do consumo de carros novos – as vendas no segmento de automóveis e comerciais leve cresceram 24,91% em setembro no comparativo com o mesmo período de 2016. Além disso, há um consumidor bem atento à questão do custo-benefício.
O Kwid chega em três versões (Life, Zen e Intense), com preços que começam em R$ 29.990 (sem assistência na direção, ar-condicionado nem vidros elétricos), o intermediário por R$ 35,9 mil (com ar, direção elétrica, trava e som), e o de R$ 39,9 mil (completo, com central multimídia, câmera de ré, etc).
Valores mais atrativos do que os oferecidos pelos seus concorrentes diretos. O modelo mais básico do Fiat Mobi, por exemplo, sai a partir de R$ 34,2 mil e o VW Move Up! de R$ 37,9 mil.
A estilista Nicolly Janine, 25, comprou o seu na pré-venda, em junho, e recebeu em setembro. Ela conta que além do preço, contou muito para sua escolha a questão da economia no consumo. “Para mim é excelente, super econômico, compacto. É como se tivesse vindo para ficar no lugar do Clio, comparando com o carro que eu tinha antes, só que com mais potência, arranco. E a estrutura dele é bem confortável”, afirmou. O design também agradou. “Não é luxuoso, mas é requintado”.
A vendedora Ingrid de Paula, 28, após comparar com outros carros da mesma categoria, também optou por um Kwid. Escolheu o modelo intermediário. “Eu me interessei primeiro pelo preço, mas também achei bonito e confortável. Só acho que poderia ter a regulagem de altura no banco, prefiro mais alto, porém, não é algo que me incomode tanto. Analisando o custo benefício, atende bem minhas necessidades”.
OPINIÃO
Amauri Carlos Andrade,
engenheiro, 53 anos.
Adquiriu um Kwid intense há dois meses. Antes de comprar chegou a fazer o test drive com os concorrentes diretos. “Dentro daquilo que eu procurava que era um carro compacto, alto e econômico é o que mais se destaca”.
O POVO - O que mais gostei no carro
Amauri - O custo-benefício. É um carro muito agregador. Tem farol de milha, retrovisor elétrico, câmera de ré, altura boa, com um preço acessível. Também é muito econômico. Possui porta-malas bom.
O POVO - O que podia melhorar?
Amauri - Não tem regulagem no banco. Para dirigir, a posição do UP! é melhor. Mas não chega a ser também algo que incomoda muito.
Ranking dos carros mais vendidos em setembro:
Onix /GM
17.236 unidades
Kwid/ Renault
10.358 unidades
KA/ Ford
8.727 unidades
HB20/ Hyundai
8.530 unidades
Prisma / GM
6.123 unidades
FONTE: FENABRAVE
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