Frontier bela e robusta
O Povo guiou a nova picape por uma semana e mostra por que a Nissan tem carro para brigar pelas cabeças do mercadoA nova Nissan Frontier é uma picape que impressiona bem. E não se entenda por boa impressão apenas a estética. O carro está mais bonito, com mais tecnologia e também oferece mais conforto. E um detalhe: custava R$ 166 mil, agora está por R$ 155.900.
As mudanças reforçam o modelo como player de primeira linha em uma briga de personagens bem conhecidas, como Chevrolet S-10, Ford Ranger, Mitsubishi L-200 e a Toyota Hilux.
Por uma semana, O POVO a testou em Fortaleza. Já havia coberto o lançamento no Brasil, em Tuiuti (SP), em março. Em solo cearense, foi possível medir os impactos das mudanças. A começar pela estética. A picape faz o público virar o pescoço. As pessoas olham e costumam gostar do que veem. Perguntam. Comentam.
Ainda que o feliz comprador não pretenda usar todos os recursos disponíveis, decerto terá conseguido aquilo que muitos buscam nas picapes e, sobretudo em SUVs: mexer com os desejos alheios também.
[QUOTE1]A décima segunda geração da Frontier (no Brasil a quarta a vir) teve o visual robusto mais pronunciado. Ademais, gera até a impressão de ser maior. E nem é tanto. Tem 5,25 m de comprimento ou 2 cm a mais que a anterior. É também 3 cm mais baixa, com 1,75 m de altura. A largura é a mesma: 1,85 m.
Para testar os recursos fora de estrada, levamos o carro para uma área permitida de areia, na Praia do Futuro. Um “playground” onde foi possível sentir confiança em forma de tração.
Dentro, bancos em couro e ajustes elétricos (até cinco opções), mas apenas para o motorista. Para o banco do carona, no máximo inveja. A equidade seria bem vinda. Na linha do “Ficou faltando”, apoio de cabeça e cinto de segurança de três pontos para o passageiro do banco central.
O motor diesel mudou. Era um 2.5. Agora um 2.3 16V, contudo, sem perda de desempenho. Gera idênticos 190 cv e 45,9 kgfm a 2.500 rpm.
Usa dois turbos, um de baixa e outro de alta pressão. Na arrancada, duas turbinas agem. Ganhando altitude, ou melhor, velocidade de cruzeiro, uma só dá conta, gerando economia de combustível.
Dados do Inmetro a classificaram na categoria B do programa de etiquetagem Conpet: 8,9 km/l de diesel em trechos urbanos e 10,1 km/l na estrada.
Um recurso não-exclusivo e determinante é o Controle Inteligente de Descida (HDC) e o Sistema Inteligente de Partida em Rampa (HSA).
Funcionam no automático atuando nos freios do veículo. Controla em descidas íngremes. Já o HDC, em até 25 km/h, sem necessitar pisa no freio.
A Frontier desce usando os sistemas ABS e EBD para controlar a velocidade de cada roda.
Em suma, a Nissan tem mais um belo carro na pista, como também é o sedã Sentra, e o desafio de mexer com o desejo do público, no mais das vezes muito preocupado com o ranking da liquidez, uma praia dominada por outra compatriota.
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