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Estudo afirma que investimentos precisam cobrir cortes sob pena de impactar o PIB do País
Reportagem

Estudo afirma que investimentos precisam cobrir cortes sob pena de impactar o PIB do País

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A injeção de investimentos que a economia espera precisa acontecer. Sob pena de haver impacto negativo sob o PIB. É o que conclui estudo realizado pelo Núcleo de Estudos em Modelagem Econômica e Ambiental Aplicada da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Débora Cardoso, uma das professoras que elaborou o estudo, explica que dois cenários foram simulados. "O primeiro prevê apenas os cortes nos benefícios, tanto no regime geral como no regime próprio (de servidores). Nele o resultado para o PIB é negativo, porque os cortes vão gerar redução na renda de famílias", explica.

O segundo cenário previsto pelo estudo considera que se o investimento esperado suprir as perdas do corte de gastos aí sim o resultado será positivo. "Mas até então não sabemos o quanto esse investimento vai responder, não existem estudos que apontem isso", acrescenta a professora.

Nessa perspectiva, a recomendação do estudo é de que haja uma revisão do teto de gastos do Governo e que sejam adotadas políticas que estimulem o investimento privado. "É preciso destacar ainda que a importância de o Governo fazer investimentos públicos, que têm indução de complementariedade do investimento privado", detalha Débora Cardoso.

Outra ponderação é feita: cortes no Regime Geral de Previdência Social (RGPS) aumentam a desigualdade de renda no Brasil, enquanto que cortes no Regime Próprio de Previdência Social (RPPS)melhoram essa desigualdade. "Porque atuaria exatamente no serviço público, nos grandes salários, como os do Judiciário", afirma a professora da UFMG.

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