A bancada do Ceará na Câmara se dividiu meio a meio na aprovação da reforma da Previdência. Onze parlamentares foram favoráveis à medida e 11, contrários.
O resultado indica que houve uma onda pró-reforma na reta final. Dias antes, a maioria dos cearenses na Casa admitia voto contra a medida. Nos dias que antecederam a votação, o governo Bolsonaro liberou R$ 3,5 milhões em emendas para o Ceará.
Entre os que mudaram seus votos na véspera da sessão, está o deputado federal Júnior Mano (PL). "A princípio não concordei com o texto original, por isso lutei para que os trabalhadores rurais, professores e os assistidos do Benefício da Prestação Continuada (BPC) não fossem prejudicados", disse. "Mas, como parlamentar, tenho o dever de proteger o futuro do nosso Estado e de nossa nação."
Contrário à reforma, o deputado Idilvan Alencar (PDT) avalia que o resultado expressa as forças políticas do Estado, com forte presença do centrão. Para ele, no entanto, o voto a favor da reforma será cobrado em 2020. "Com toda certeza a verdade vai aparecer na eleição do ano que vem", disse.