Paulo Barroso Neto, ou Barroso, como é conhecido no Mercado Central, tem 58 anos, dos quais 35 são dedicados à arte de esculpir diferentes materiais. Apesar de preferir produzir esculturas de madeira ou bronze, o artista já trabalhou com diversos materiais, como resina, raízes de árvores e poliuretano. "Estou no Mercado Central praticamente desde que foi construído, já tem 20 anos", afirma.
O quiosque exibe uma diversidade de produtos artesanais, desde bijuterias feitas de madeira e chifre de boi, a esculturas de quase dois metros criadas pelo escultor. A variedade se deve ao fato dele abrir espaço em sua loja para amigos e familiares que também vivem do artesanato.
Muitos desses antigos são aprendizes do escultor. "Eu vejo a necessidade de mostrar o trabalho deles. No meu espacinho, tenho um faixa de dez artesãos que trabalham comigo", justifica Paulo.
Mesmo passando à frente seus ensinamentos à família e amigos, Barroso diz ser necessário investir mais na arte, despertar o interesse de jovens e crianças pela área. "Deveria ser criado um projeto para ensinar arte. No Ceará, temos muitos talentos e mestres (de cultura), que deveriam ser implantados nas escolas, ensinando arte", defende.