Se alguém lhe perguntar o que é fundamental para que duas pessoas formem um par bem-sucedido, provavelmente sua resposta será as afinidades que os dois compartilham. Não à toa, é corriqueiro ouvir alguém se referir aos amantes dizendo que "foram feitos um para o outro", ou que sejam "almas gêmeas", ou ainda, descendo a extremos da cafonice que só o amor justifica, "as metades da laranja".
A cobertura especial do O POVO para este Dia dos Namorados opta por direção oposta e parte em busca de casais improváveis. Pares que, em vez de comungarem afinidades, desafiam seus opostos para se estabelecer como tais. Que transpõem diferenças - etárias, sociais, estéticas, ideológicas e que tais -, em nome do amor.
Um amor que passa longe de idealizações folhetinescas, mas que se realiza no encontro entre adversos, na compreensão e na aceitação de um outro, onde ambos não deveriam se reconhecer. Mas que, ainda que pelas famosas 'sem-razões' de Drummond, se reconhecem. E por isso mesmo se amam.