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Pesquisadores são hostilizados em ato
Reportagem

Pesquisadores são hostilizados em ato

Fortaleza. Perfil dos manifestantes
Edição Impressa
Tipo Notícia

Grupo de 23 pesquisadores de três universidades federais foi hostilizado ontem no ato de defesa a Jair Bolsonaro (PSL) em Fortaleza. As vítimas informaram que realizavam um estudo sobre o perfil dos participantes do evento quando sofreram ofensas e ataques de participantes do protesto.

A pesquisa listava uma série de pautas políticas defendidas em grupos pró-Bolsonaro no WhatsApp e questionava o entrevistado sobre o quanto concordava ou não com elas. Depois, essa adesão seria cruzada com outros dados, como local de moradia da pessoa, renda média, religião, entre outros.

"Era uma pesquisa objetiva, com perguntas fechadas. Então não havia possibilidade de estar manipulando respostas, porque o questionário está lá e era só escolher uma resposta", diz o professor Jakson Aquino, do departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Além da UFC, a pesquisa contava com participação de estudantes e profissionais das Universidades Federais de Minas Gerais (UFMG) e do Paraná (UFPR). Segundo Jakson, levantamentos semelhantes foram realizados em quatro manifestações, duas delas de movimentos ligados à esquerda, e duas de atos de direita.

"Quando eles sabem que o aluno é da UFC, eles dizem que estão doutrinados", diz o professor. Carro de som do evento chegou inclusive a "alertar" manifestantes para que não respondessem aos pesquisadores. (CM)

 

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