A Petrobras anunciou a venda de oito das 13 refinarias que possui, incluindo a Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), em Fortaleza, e única do País a produzir lubrificantes naftênicos. Juntos, os equipamentos possuem capacidade de refino de 1,1 milhão de barris por dia. À época, em abril, foi anunciado o plano de arrecadar cerca de US$ 15 bilhões com a venda dos ativos que integram o portfólio da estatal.
Consultor na área de Combustíveis e Energia, Bruno Iughetti, acredita que o projeto de nova gestão para os ativos de refino é uma chance de estimular o mercado e garantir a diminuição dos preços dos combustíveis. "O barateamento é uma consequência, o intuito é manter uma concorrência sadia. Hoje, a maior parte do produto refinado está nas mãos da Petrobras. Na hora em que parte das refinarias forem privatizadas, haverá equilíbrio concorrencial e impacto no preço final".
Mas Helvio Rebeschini, diretor de Planejamento Estratégico e Mercado da Associação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Lubrificantes, Logística e Conveniência (Plural), não vê relação entre os dois marcos. De acordo com ele, as empresas que assumirem o comando das refinarias, assim como a Petrobras, tomarão o preço do petróleo no mercado internacional como base na hora de
atribuir valor.