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Mais abordagens em menos tempo
Reportagem

Mais abordagens em menos tempo

A ciência e as ruas.
Edição Impressa
Tipo Notícia

Pelo menos 17 pesquisas de inteligência artificial aplicadas à segurança pública estão sendo desenvolvidas, em parceria, entre a Universidade Federal do Ceará (UFC), Secretaria da Segurança Pública (SSPDS) e Polícia Rodoviária Federal (PRF). André Costa, secretário estadual da área, afirma que precisa de mais ciência para traçar estratégias nas ruas.

O POVO - Quais produtos de inteligência artificial já estão sendo utilizados?

André Costa - Destacamos o Sistema de Policiamento Indicativo de Abordagem (Spia) para combater a mobilidade do crime. A inteligência do Spia detecta veículos que têm de ser abordados. O Spia é usado juntamente com o sistema de videomonitoramento. Para isso, ampliamos de 164 para mais de 3.300 câmeras em todo o Estado. Saímos de Fortaleza para mais de 40 cidades no Ceará. Com o Spia também foi preciso ampliar as equipes de motopatrulhamento - do Raio e também das Unisegs para que a gente tenha não só o dado em tempo real, a imagem em tempo real, mas que a gente consiga também chegar e abordar em tempo real. São frentes desde a ciência de dados, montagem de big data, portabilidade das tecnologias e sistemas. São 130 desenvolvedores entre bolsistas, policiais rodoviários federais e policiais da SSPDS.

O POVO - E o que é o crime-whatching?

André Costa - É um visualizador analítico que consegue trabalhar com georreferenciamento dos dados de segurança. A gente visualiza onde acontecem os roubos e os homicídios. A partir dali, geramos os chamadas polígonos criminais (o território) para que possamos otimizar recursos humanos e logísticos. Ficamos sabendo dos locais onde mais acontecem crimes e em quais horários. O crime-whatching será adotado pelo Governo Federal.

O POVO - Qual o resultado dessas ferramentas na hora de uma abordagem policial, por exemplo?

André Costa - Um aplicativo desenvolvido pela SSPDS, UFC e PRF, que é o Portal de Comando Avançado (PCA). Reduzimos o tempo de abordagem, que antes levava em média sete minutos e feito com um rádio comunicador. Hoje, o policial tem diversos dados à mão, no próprio smartfone, e leva segundos para consultar dados do veículo, dados civis e criminal da pessoa, CNH, etc. Então, ele tem a resposta em segundos.

 

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