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Falta prevenção ao suicídio
Reportagem

Falta prevenção ao suicídio

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Há pouco mais de um ano, o MPCE tenta "sensibilizar os municípios para a importância de trabalharem essa questão (suicídio) de modo mais aprofundado e garantindo recursos", diz o promotor Hugo Mendonça, coordenador do Programa Vidas Preservadas (que, desde abril de 2018, atua na prevenção ao suicídio). Ano passado, 48 cidades aderiram ao Programa; este ano, mais 60 foram convidadas a participar de capacitações que devem resultar, principalmente, na elaboração de um Plano Municipal de Prevenção ao Suicídio. O MPCE tenta abranger municípios com maior número de casos de suicídio.

A Capital é a primeira nesse ranking, registrando acima de 100 casos por ano; uma soma que chega a 1.269 suicídios entre 2010 e 2018, revelam dados da Sesa. "Nem Fortaleza tinha plano (de prevenção). Foi acompanhado por nós, ano passado e não apresentou o plano", contrapõe o promotor. No último dia 22 de março, o prefeito Roberto Cláudio assinou decreto que institui o Grupo de Trabalho e Prevenção ao Suicídio, para apresentar um plano de prevenção "até o final de junho", informa Hugo Mendonça.

"Um diagnóstico bem feito e uma estratégia para fazer o atendimento", destaca o promotor, são fundamentais para a prevenção. Dos 48 municípios que integraram a primeira fase do Vidas Preservadas, apenas 26 apresentaram planos de ação efetiva. Todos os outros planos devem ser refeitos, acompanha o MPCE. Para Hugo Mendonça, não há interesse político e nem a compreensão de que o suicídio é um fenômeno amplo, que independe de condição social, idade ou gênero. "O prefeito pode estar salvando a vida do filho dele, do irmão dele, do vice-prefeito…", considera.

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