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Rio Ceará invade casas e desabriga 50 famílias da comunidade indígena Tapeba
Reportagem

Rio Ceará invade casas e desabriga 50 famílias da comunidade indígena Tapeba

Caucaia.
Edição Impressa
Tipo Notícia
TRAVESSIA DE RISCO sobre ponte no bairro Picuí  (Foto: FABIO LIMA)
Foto: FABIO LIMA TRAVESSIA DE RISCO sobre ponte no bairro Picuí

Apesar de não estar entre as maiores chuvas do Estado, bairros do município de Caucaia foram bastante atingidos com a chuva. Comunidades próximas a rios e riachos ficaram completamente alagadas na manhã deste domingo, 24. Na Comunidade dos Tapebas, em Caucaia, cerca de 50 famílias tiveram as casas invadidas pela água devido à cheia do rio Ceará. A forte chuva provocou alta do rio e a inundação de
residências e ruas.

A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) registrou precipitação máxima de 56 milímetros (mm) na Cidade da Região Metropolitana de Fortaleza desde as 7 horas deste sábado até o mesmo horário de domingo. Essa foi a maior chuva do ano da cidade. Os dados foram atualizados às 12h45.

Na casa da dona Francineuda Pereira, 55, a chuva forte sempre invade a parte dos fundos da residência. "Chega água pelo quintal e entra até a cozinha, molha tudo", contou. Mesmo sem chuva forte, no final da manhã de ontem o rio ainda recebia bastante água. A dona de casa Vanuza Pereira, 27, afirma que os alagamentos são recorrentes, no entanto, a água não costuma ser tão alta como neste domingo. No local, as pessoas usaram barcos para transitar entre as casas até a parte mais alta da comunidade.

Outro ponto onde foi registrado bastante alagamento foi no bairro Picuí. Ainda na manhã de ontem, a rua Marcos Couto Bezerra, foi uma das mais prejudicadas. Um riacho transbordou e inundou a via. O torneiro mecânico Bruno Cássio de Sousa, 26, diz que a casa amanheceu tomada por água e que muitos móveis e eletrodomésticos também ficaram molhados.

"Sempre que tem chuva um pouco mais forte a água do riacho transborda na ponte, mas por aqui nunca tinha ficado tão alagado", disse. Ele conta que a chuva ficou mais forte principalmente durante a madrugada deste domingo. No local, veículos atravessaram com dificuldade a ponte.

Felipe Gomes, 33, é proprietário de uma loja de eletrônicos e acessórios para celulares. Conforme ele, diversos materiais foram perdidos com a cheia do riacho. "Cheguei aqui 5 horas da manhã, quando soube que a água estava invadindo as casas, tive que esperar mais ou menos até umas 10 horas, que foi quando a água baixou e deu para abrir". Ele estima que o prejuízo seja de cerca de R$ 2 mil em produtos perdidos. (Eduarda Talicy)

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