Ainda desconhecido por parte dos fortalezenses, o Parque Rachel de Queiroz é um pulmão na Zona Oeste da Cidade. Segunda maior área verde de Fortaleza, o parque possui 10 quilômetros de extensão, atingindo 14 bairros e sendo dividido em 19 trechos. Atualmente, apenas dois trechos já foram implementados. Financiamento do Banco Mundial estimado em U$ 150 milhões, previsto para ser aprovado no primeiro semestre deste ano no Senado brasileiro, viabilizará a entrega total do equipamento. A depender da aprovação, a implantação de novos trechos deve começar até o fim do segundo semestre deste ano.

Em até seis anos após o início da contratação, tempo de vigência do financiamento, 70% do parque deve ser concluído, projeta Águeda Muniz, titular da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma). As principais intervenções na área serão a dragagem, recuperação de mata ciliar, limpeza, além de soluções para o urbanismo, paisagismo, arquitetura de equipamentos e mobiliários urbanos.

O equipamento foi criado em 2014, no Decreto Municipal nº 13.292, junto a outros 22 parques urbanos. O parque está inserido diretamente ao longo de oito bairros — Monte Castelo, Alagadiço/São Gerardo, Presidente Kennedy, Pici, Antônio Bezerra, Dom Lustosa, Henrique Jorge e Autran Nunes. Além deles, outros seis bairros são "inseridos num contexto de proximidade". São eles Vila Ellery, Parquelândia, Amadeu Furtado, Bela Vista, Padre Andrade e Genibaú.

Os trechos 3 e 4, que correspondem respectivamente ao Polo de Lazer da Sargento Hermínio e ao bairro São Gerardo, foram os primeiros a serem requalificados. Os espaços receberam quadras, playgrounds, academia ao ar livre, novos mobiliários e iluminação.

Apesar de frequentar uma das áreas do parque diariamente, Ana Vitória Lima, 19, não sabia que a praça na qual caminha é parte do Parque Rachel de Queiroz. "Eu ia em outra praça, mas aqui é mais seguro e mais perto. Aqui tem os aparelhos de ginástica", comenta.

"A gente já vê movimento ao longo dessas áreas que já estão implantadas. Agora a gente tá focado no próximo passo que é começar o trecho 6. As pessoas acham que o parque é só o trecho seis, ali atrás do Colégio Santa Isabel", explica a secretária. Os trechos 8, 9 e 10, localizados dentro do Campus do Pici da Universidade Federal do Ceará (UFC), terão áreas de esporte, lazer e pesquisa abertos à comunidade.

A gestão compartilhada das áreas do parque dentro da UFC foi firmada por meio de Termo de Cooperação Técnica, em setembro último. "O apoio da universidade e a implantação do trecho 6 vão fazer com que o parque seja mais conhecido. Vão ter diversas ações ", afirmou Águeda.

Ela detalha que no trecho 6 serão implantadas uma série de tecnologias ambientais. "Não vai ser impermeabilizada, a gente vai tratar essa área com as wetlands, que são caixas naturais de vegetação, que vão drenando, limpando e despoluindo o que ficar de úmido. Uma inovação". Depois do contrato com o Banco Mundial, de acordo com Águeda, o trecho será o primeiro a ser implantado "junto com os trechos da universidade".

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